O ator Terrence Howard admitiu ter recusado protagonizar um ‘biopic’ do cantor e escritor de canções Marvin Gaye, voz de êxitos como ‘Sexual Healing’ ou ‘I Heard it Through the Grapevine’, por não querer beijar um homem. “Se tivesse de beijar outro homem, cortava os meus lábios”, disse, em declarações ao podcast Club Random, do comediante Bill Maher.

“Estava em casa do [produtor] Quincy Jones e perguntei-lhe: ‘Tenho ouvido rumores sobre o Marvin ser gay. Era mesmo?’. O Quincy disse ‘sim’”, começa por dizer Howard, conhecido pelos seus papéis em séries como “Empire” e “Lei & Ordem: Los Angeles” ou os filmes “O Mordomo” e “Hustle & Flow”, pelo qual foi nomeado para um Óscar.

Revelando que estava em conversações com o realizador Lee Daniels para encarnar Gaye no referido filme, o ator continua: “Eles iam querer explorar isso e eu não seria capaz de fazê-lo. Não ia conseguir beijar um homem porque não consigo fingir. Isso ia lixar-me”.

“Não querer beijar um homem não significa que eu seja homofóbico”, diz ainda Howard, “só não ia conseguir desempenhar esse papel a 100%. Não consigo entregar-me a algo que não compreendo”.

Marvin Gaye, que era conhecido como “o príncipe da soul”, foi assassinado pelo próprio pai em 1984, quando tinha 44 anos. Apesar de nunca ter falado publicamente sobre a sua sexualidade, o cantor foi casado duas vezes e teve três filhos, um deles adotivo.