Em comunicado, a organização explica que o programa deste ano vai estender-se por Braga, Barcelos, Guimarães, Vila Verde, Porto e Avintes (Vila Nova de Gaia).

"Sob o mote 'Manifestação de Interesse', a 35.ª edição assinala um momento simbólico na história do festival, celebrando três décadas e meia de contributo para a fotografia em Portugal. Mais do que uma comemoração, esta edição propõe uma pausa reflexiva sobre o percurso do evento, consolidando o seu legado enquanto espaço de pensamento crítico, experimentação artística e diálogo com o presente", referem os organizadores.

A organização acrescenta que, embora a fotografia continue a ser o eixo central do festival, o programa expande-se a outras linguagens contemporâneas, integrando cinema, performance, instalação e videoarte, numa celebração das múltiplas formas de expressão visual da atualidade.

A direção artística desta edição está a cargo do galego Vítor Nieves, com uma ligação ao festival que remonta a 2013, tendo, ao longo dos anos, desempenhado diversas funções - de jurado a curador convidado, curador júnior e membro da equipa de produção.

"O que lhe confere um conhecimento profundo da identidade e evolução do projeto. Regressa agora com uma visão ampla e crítica, propondo uma programação diversificada, com exposições de artistas nacionais e internacionais", sublinha a organização.

Vítor Nieves concebe a edição deste ano como "uma curadoria de curadorias, orientada por uma abordagem investigativa, contranarrativa e colaborativa, assente numa prática horizontal e rizomática da curadoria".

"Neste contexto, propõe três programas curatoriais --- Dissidências, Argumentários e Transições ---, cada um com uma abordagem própria e complementar, concebidos para explorar o tema 'Manifestação de Interesse' sob diferentes perspetivas, gerando diálogos, tensões e conexões", lê-se no comunicado.

Entre os principais objetivos desta edição, destaca-se a missão de abrir o festival a públicos diversos.

"Incluindo aqueles fora dos circuitos tradicionais da arte; resgatar práticas fotográficas marginalizadas e artistas negligenciados; privilegiar a criação de novas experiências expositivas face à simples reprogramação de mostras; e fortalecer a relação entre o festival e o seu contexto local, regional, nacional e internacional", indica a organização.

O festival integra na sua programação trabalhos selecionados através de 'Open Calls' (concursos).

Até 11 de maio estão abertas as candidaturas para o Prémio Encontros da Imagem 2025, com o vencedor a receber 1.000 euros e os cinco artistas finalistas terão os seus trabalhos apresentados no festival.

Também está a decorrer a 'Open Call' para o Encontros da Imagem Leitura de Portfólios 2025, onde fotógrafos emergentes terão a oportunidade de apresentar os seus projetos a especialistas internacionais. O vencedor receberá 3.000 euros e uma exposição no festival de 2026.

As candidaturas podem ser apresentadas até 18 de maio.