
A alegada filha secreta de Freddie Mercury, cuja existência foi dada a conhecer pelo livro “Love, Freddie: Freddie Mercury’s Secret Life and Love”, falou à imprensa pela primeira vez.
Em declarações ao jornal inglês “Daily Mail”, a mulher de 48 anos que tem sido identificada apenas por uma inicial, B., garantiu que tinha uma relação “muito próxima e carinhosa” com o seu pai, que a trataria como o seu “tesouro”.
“Eu não queria partilhar o meu pai com o mundo”, disse ainda a mulher. “Depois da sua morte, tive de viver com os ataques que lhe fizeram, com as ideias erradas que faziam dele e com o sentimento de que ele pertencia a toda a gente”.
“Chorei e fiz o luto do meu pai, enquanto os fãs de todo o mundo choravam a perda do Freddie. Quando tens 15 anos, isso não é fácil”, admite. “Tive de me tornar adulta sem ele. Durante 30 anos, construí a minha vida e a minha família sem ele. Precisava de ter tido o meu pai só para mim e para a minha família. Como é que poderia ter falado antes?”
A notícia que Freddie Mercury seria pai tem sido encarada com reservas por aqueles que lhe eram próximos. Mary Austin, em tempos namorada do vocalista dos Queen, que vivia com ele à data em 1976, ano em que B. terá nascido, afirmou: “O Freddie era gloriosamente aberto e não consigo imaginar que ele quisesse ou conseguisse manter uma notícia tão feliz em segredo, tanto de mim como de outras pessoas de quem era próximo”.
“A verdade é que não sou guardiã de tal segredo. Nunca ouvi falar de nenhum filho ou desses diários”, disse Mary Austin, referindo-se aos 17 diários manuscritos que Freddie Mercury teria oferecido à filha. “Se o Freddie tivesse tido um filho sem eu saber, seria uma grande surpresa para mim”. Ao “Daily Mail”, B. mostrou-se desolada com as afirmações de Mary Austin. “Ela ainda não leu o livro, porém faz este comunicado. Não compreendo porquê”.
Por seu turno, Brian May, guitarrista dos Queen, manifestou o seu desejo de se manter “neutral” em relação a este tema. Já a sua mulher, Anita Dobson, classificou a revelação como ‘fake news’.
Lesley-Ann Jones, que escreveu o livro com a suposta filha de Freddie Mercury, garante ter provas de ADN que provam o parentesco. “Obtivemos a verificação e acionámos equipas legais”, assegura, “mas essas medidas são privadas e não serão anunciadas publicamente”.
Freddie Mercury morreu em 1991, aos 45 anos, vítima de uma pneumonia causada pelo vírus da sida.