Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average voltou a ficar abaixo do limiar dos 34 mil pontos, depois de perder 0,75%, para as 33.821,30 unidades.

O tecnológico Nasdaq perdeu 0,92%, para os 13.786,27 pontos e o alargado S&P500 desvalorizou 0,68%, para os 4.134,94.

O Dow e o S&P500 tinham estabelecido novos recordes na semana passada e, apesar dos resultados trimestrais positivos apresentados pelas empresas cotadas, a disposição dos investidores esteve mais para o lado de vender pelo segundo dia consecutivo.

"Há a compreensão de que vai ser preciso mais tempo do que o pensado para nos desembaraçarmos do covid-19", disse Maris Ogg, da Tower Bridge Advisors.

"Quando se vê a taxa de vacinação na Europa, vê-se que não vai bem. No Canadá é terrível e nos países em vias de desenvolvimento ainda pior", avançou a analista.

Nos EUA, apesar das injeções de vacinas prosseguirem a um ritmo de três milhões por dia, os casos de novas infeções diárias ultrapassam largamente os 60 mil.

Apesar dos resultados trimestrais, que começaram a ser apresentados na semana passada, estarem a ser positivos, "representam menos uma surpresa do que no quarto trimestre, e já foram incorporados" nos valores dos títulos.

A forte valorização das ações também encoraja a realização de ganhos. "Quando se olha para a lista de ações que se quer comprar e se atenta nas cotações, é difícil. Compreende-se porque é que alguns realizam os seus ganhos nestes níveis", acrescentou Ogg.

Entre os títulos do dia, os ligados às viagens cederam terreno, como os da Boeing (-4,13%) ou da United Airlines (-8,53%), que apresentou o seu quinto resultado trimestral negativo.

Os 'papéis' dos fabricantes de tabaco recuaram no seguimento de informações de imprensa segundo as quais o governo de Joe Biden pretenderia exigir um nível inferior de nicotina nos cigarros, para evitar a dependência do tabaco.

O conflito no futebol europeu, onde um grupo de clubes dos mais ricos, pretenderiam formar uma Superliga privada, em rutura com a Liga dos Campeões, da UEFA, continuou a provocar vagas até à praça nova-iorquina.

Com o projeto a ser criticado e alvo de ameaças por parte dos dirigentes do futebol europeu, vários dos clubes apontados como membros desse futuro grupo começaram a recuar, segundo a imprensa, como o Manchester United. Este clube, que está cotado em Nova Iorque, viu a sua ação perder o que tinha valorizado na véspera (-6,03%).

O Manchester City anunciou mesmo oficialmente a sua retirada do projeto. Os restantes clubes ingleses anunciaram entretanto que vão abandonar o projeto.

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