Desde a separação de resíduos orgânicos à participação em projetos locais de bioenergia, todos nós podemos ter um papel ativo na preservação ambiental. Quem o garante é a Associação de Bioenergia Avançada (ABA), que aposta na promoção da valorização da bioenergia avançada, nomeadamente os combustíveis reciclados, alternativos, o biogás e os biocombustíveis avançados ou sustentáveis produzidos através de resíduos, que contribuem de forma sustentável para uma transição energética.

Para Ana Calhôa, secretária-geral da ABA, "a eficiência energética vai desde a forma como cozinhamos até ao aproveitamento de resíduos orgânicos" e or isso todas as estratégias e ações contam na hora de adotar melhores práticas. "Cada pessoa pode ter um papel ativo ao garantir que esses resíduos não são simplesmente desperdiçados, mas sim encaminhados para valorização energética", explica.

Para fazer a diferença, a instituição partilha dicas simples, mas eficazes, para o dia-a-dia, na mesma lógica da economia circular, capaz de reduzir a dependência energética de Portugal, uma área em que os biocombustíveis avançados têm tido um papel de destaque, enquanto fonte renovável considerada "mais eficiente para uma mobilidade sustentável, uma vez que permitem uma rápida e justa transição energética nos transportes".

"A ABA acredita que o envolvimento dos cidadãos na gestão inteligente de resíduos orgânicos é fundamental para garantir o sucesso da bioenergia avançada em Portugal. O aproveitamento energético de resíduos não é apenas uma questão industrial é uma solução sistémica, que começa nas escolhas individuais e tem impacto nos setores mais exigentes da nossa economia."

1 | Está a separar e valorizar os seus resíduos orgânicos?
Restos de comida, borras de café e cascas de frutas podem ser muito mais do que lixo. São matéria-prima para produção de energia limpa, como é o caso dos biocombustíveis avançados. Separar corretamente os resíduos é o primeiro passo para a sua valorização.

2 | Conhece o destino dos seus resíduos orgânicos?
Muitos municípios já iniciaram ou vão iniciar recolhas seletivas de biorresíduos. Pode informar-se junto da sua autarquia para saber onde se encontram os oleões para depósito de garrafas bem seladas de óleo alimentar usado, por exemplo. Afinal, onde há recolha orgânica, há potencial para a produção de energia renovável.

 3 | Utiliza ou conhece compostores domésticos ou comunitários?
Embora o compostor caseiro não gere energia diretamente, o envolvimento ativo na separação e valorização de resíduos contribui para uma maior consciência sobre a sua importância na cadeia energética.

4 | Participa em projetos locais de bioenergia avançada?
Diversas comunidades estão a iniciar projetos que ligam cidadãos, produtores de resíduos e unidades de valorização energética, como por exemplo, programas de recolha de resíduos em escolas e mercados. Projetos deste cariz dependem do envolvimento local para serem bem-sucedidos.

5 | Tem hábitos de consumo que evitem o desperdício alimentar?
Reduzir o desperdício é o primeiro passo para uma gestão responsável: menos desperdício gera menos resíduos e os que existem são mais facilmente valorizados. O equilíbrio entre evitar o excedente e separar corretamente o inevitável é essencial para uma cadeia de bioenergia eficiente.