Os dias 4 e 5 de agosto, não foram dias iguais aos outros.
A International School Chess Federation (ISCF), com o apoio da Federação Internacional de Xadrez (FIDE), e sob a liderança de Timur Turlov – presidente fundador da ISCF e CEO da Freedom Holding Corpum -, organizou um evento duplo na Episcopal High School, em Alexandria, no estado americano Virginia.

Falamos da Cimeira Smart Moves Summit 2025 – que não só coroou novos campeões no tabuleiro, como também lançou as bases para um movimento global em direção a um sistema educativo mais estratégico, abrangente e preparado para os desafios do século XXI -, e do Campeonato Mundial Escolar por Equipas da FIDE.

Estes dois eventos, que contaram com 350 participantes, de 50 países diferentes, assinalaram um ponto de viragem na educação global, em prol de um objetivo comum: como podemos repensar a educação através do Xadrez?

A pontuação perfeita existe. E pertence à Índia.

No lado competitivo, a Velammal MHS School, da Índia, foi a vencedora absoluta do Campeonato Mundial Escolar por Equipas, alcançando um desempenho impecável nas oito rondas e garantindo, assim, a medalha de ouro.
O domínio foi tal que o título já estava matematicamente assegurado antes da última partida.

Já a prata foi entregue à National School of Physics and Mathematics do Cazaquistão, após ultrapassar por desempate a The Harker School (EUA), que manteve uma regularidade notável e conquistou um merecido bronze.
O campeonato contou com a participação de quase 50 países numa única categoria Open. Enquanto alguns competiam como seleções nacionais, outras equipas – como Velammal e Harker -, eram escolas com uma forte tradição no xadrez.

Destaque ainda para as equipas do Uzbequistão, Mongólia, Colômbia e China também tiveram desempenhos notáveis, em diferentes escalões etários, refletindo o crescente alcance e diversidade do xadrez escolar a nível mundial.

Para além da classificação por equipas, foram atribuídas ainda medalhas individuais aos jogadores com melhor pontuação em cada tabuleiro. Três jogadores conseguiram pontuações perfeitas (8/8): Pranav K. P., jogador indiano; Imangali Akhilbay, do Cazaquistão; e Edisa Berdibaeva.

“Isto não é apenas sobre ganhar ou perder, é sobre aprender a pensar, colaborar e partilhar”, comentou um treinador após a última ronda.

Desta cimeira, nasceu um movimento global

Paralelamente ao campeonato, o Smart Moves Summit 2025 apresentou um programa ambicioso de palestras, mesas redondas, workshops e sessões colaborativas centradas no papel transformador do xadrez na educação.
Na sessão de abertura, Timur Turlov destacou uma visão ousada e urgente: “Já não basta que as crianças aprendam a ler e a escrever. É preciso que aprendam a pensar. A antecipar. A tomar decisões. E o xadrez é a ferramenta ideal para cultivar essa mentalidade”, referiu.

Sob o tema “Mastering the Long Game”, a cimeira abordou questões essenciais como a integração do xadrez nos currículos escolares, a formação de professores para orientar o pensamento estratégico, o papel da tecnologia na pedagogia moderna e o desenvolvimento de competências socioemocionais como a empatia, a responsabilidade e a resiliência.

O encontro serviu também como plataforma para anunciar o Plano de Ação Global da ISCF, destinado a estabelecer uma rede educativa internacional em torno do xadrez.

Esta cimeira conseguiu reunir vários agentes de mudança, que trabalham em várias áreas, como educação, desporto e impacto social. Tratam-se de líderes de opinião como Robert Katende (SOM Chess Academy), Dana Reizniece-Ozola (FIDE), Pep Suárez (psicólogo desportivo) e Jenny Ingber (Chess in the Schools). As conversas entre estes especialistas convergem num ponto comum que reforça – acima de tudo -, o papel do xadrez como motor de inclusão, desenvolvimento pessoal e educação orientada para o futuro.

“Este fórum não é apenas mais uma conferência. É o nascimento de um movimento”, concluiu Turlov, presidente fundador da ISCF e CEO da Freedom Holding Corpum. Este evento terminou com uma forte sensação de dinamismo: o xadrez já não é apenas um jogo, mas um catalisador para um novo modelo de educação. O que começou em Alexandria poderá ser o primeiro lance de uma longa e transformadora partida à escala mundial.

Este artigo foi produzido em parceria com a Freedom Holding Corp.