
A banca suíça deve terminar 2025 com menos atores no mercado. Isto é o que indica um estudo da KPMG sobre a banca deste país, que viu o número de instituições bancárias cair de 156 em 2010 para 85 no final de 2024.
De acordo com as estimativas, espera-se que haja menos de 80 bancos no país no final do ano que corre. Em maio, já eram apenas 83. A consultora atribui esta queda em número de bancos à consolidação doméstica. Esta deve ser a maior queda em quantidade de bancos desde 2021, nota a KPMG.
O número de bancos entre 2022 e 2024 manteve-se estável em 85, sendo que os dois que deixaram de existir dizem respeito a um banco da Société Générale, que foi comprado pelo Union Bancaire Privée (UBP), e à subsidiária suíça do BNP Paribas, que o banco converteu em filial. Contudo, a consultora não considera provável que os bancos privados estrangeiros comecem a tornar-se filiais pois devem querer oferecer aos clientes a possibilidade de contarem com bancos suíços.
Entre a segunda metade de 2024 e o início de 2025 houve um total de nove negócios anunciados, um aumento considerável comparado com a atividade de 2023 nesta área, atenta a KPMG. Destas, destaca-se a compra do dinamarquês Saxo Bank pelo Grupo J. Safra Sarasin. O banco conta com ativos no valor de 112 mil milhões, que é mais do dobro dos ativos em jogo das restantes operações juntas. Este é o maior negócio de um banco privado nos últimos dez anos, relembra a consultora.
Além desta transação, em 2024, a Société Générale vendeu a sua unidade de banca privada suíça e a SG Kleinwort Hambros ao UBP, que detinham, em conjunto, perto de 27 mil milhões de euros em ativos. O ONE swiss bank, que tem 6,5 mil milhões em ativos, foi vendido à Gonet & Cie. Já o IHAG Privatbank vendeu a sua carteira de cliente, com 3,2 mil milhões em ativos, à Vontobel Holding AG. Por fim, a MIV Asset Management foi comprada pelo Grupo J. Safra Sarasin, adquirindo os seus ativos no valor de cerca de 2 mil milhões.
Já em 2025, o Banco BTG Pactual comprou ao Julius Baer Group a Julius Baer Brasil Gestão de Património, que detém ativos no valor de 9,6 mil milhões. A Cité Gestion e os seus ativos foram adquiridos pela EFG International, avaliados em 8 mil milhões. Já o Banque Thaler foi comprado pela CA Indosuez, com ativos no valor de 3,3 mil milhões.