João Lourenço vai assumir a presidência rotativa da UA durante a 38.ª sessão ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo deste organismo, prevista para 15 e 16 de fevereiro.

Hoje, quando questionado em Luanda sobre a sua estratégia e prioridades no comando da UA, João Lourenço garantiu apostar no diálogo para a estabilidade e paz no continente africano.

"A estratégia a seguir é a do diálogo, conversar com todos, e de respeitar os princípios estabelecidos pela União Africana, com vista a procurarmos resolver os graves problemas que o nosso continente infelizmente enfrenta", respondeu aos jornalistas durante uma conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema.

Segundo o chefe de Estado angolano, instabilidade política, guerras, terrorismo e tomadas de poder por vias inconstitucionais -- que persistem em África - "são fenómenos que jogam no sentido contrário ao desenvolvimento económico e social que queremos para os nossos países".

"Portanto, sem paz, sem estabilidade, não há desenvolvimento económico e, consequentemente, não há a solução dos problemas sociais das populações africanas", concluiu o Presidente angolano.

Angola e a Guiné Equatorial assinaram hoje três instrumentos jurídicos nos domínios da agricultura, pecuária e florestas, capacitação linguística e administrativa para funcionários equato-guineenses e sobre cooperação técnica aeronáutica.

Os protocolos, assinados hoje no Palácio Presidencial, em Luanda, no âmbito da visita de Estado que o Presidente da Guiné Equatorial efetua em Angola, enquadram-se no reforço da cooperação bilateral entre Luanda e Malabo.

Ambos os estadistas destacaram também a importância dos protocolos assinado no quadro do aprofundamento das relações entre Luanda e Malabo.

O Presidente equato-guineense iniciou hoje uma visita de Estado de 48 horas a Angola e foi recebido com honras militares no Palácio Presidencial da Cidade Alta, na capital angolana.

A relação bilateral entre Angola e a Guiné Equatorial é marcada por laços históricos, culturais e económicos, além de interesses comuns no contexto africano internacional, segundo uma nota do Ministério das Relações Exteriores de Angola.

DAS // MLL

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