Hélder Rosalino deveria iniciar funções a partir desta quarta-feira, depois de ter sido nomeado pelo executivo de Luís Montenegro para as funções de secretário-geral do Governo na passada sexta-feira.

Em comunicado, o gabinete de Luís Montenegro refere que "a solução encontrada permitia que Dr. Hélder Rosalino mantivesse o vencimento auferido há vários anos no Banco de Portugal, o qual foi por este definido".

"E permitiria ao Estado português, no seu conjunto, a poupança de um segundo salário, correspondente à tabela legal para o secretário-geral do Governo. A recusa do Banco de Portugal de continuar a pagar o salário de origem não impedia a poupança de recursos públicos, mas criou uma complexidade indesejável", adianta-se na mesma nota.

Face à indisponibilidade de Hélder Rosalino, que foi secretário de Estado da Administração Pública no executivo liderado por Pedro Passos Coelho, o Governo assinala que "irá proximamente designar uma outra personalidade como secretário-geral".

"E o Banco de Portugal continuará a suportar o vencimento atual do Dr. Hélder Rosalino", acrescenta-se.

 A nomeação de Hélder Rosalino para as funções de secretário-geral do Governo, com um vencimento superior a 15 mil euros, estava a ser contestada e a levantar dúvidas a vários partidos da oposição, designadamente PS e Chega que pediram a apreciação parlamentar do decreto da sua nomeação.

 

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