
Constituído por nove pessoas, o júri decidiu a atribuição à empresa Energy Transfer, baseada no Estado, e à sua subsidiária Dakota Access de centenas de milhões de dólares a título de indemnizações.
A queixa, entre outros pontos, acusava a Greenpeace International, baseada nos Países Baixos, a Greenpeace USA e a Greenpeace Fund Inc. de difamação, invasão, obstrução e conspiração.
Quando questionado se a Greenpeace tencionava recorrer, o seu advogado principal, Deepa Padmanabha, disse: "Esta luta não acabou".
Padmanabha garantiu que o trabalho da organização "nunca irá parar", quando lhe perguntaram se o montante da penalização implicaria o fim da Greenpeace nos EUA.
"O trabalho da Greenpeace nunca irá parar. Esta é a mensagem realmente importante de hoje. Vamos ver os próximos passos, acrescentou.
O caso remonta a 2016, quando começaram os protestos contra o oleoduto Dakota Access e o seu troço que atravessava o Rio Missouri na reserva da tribo Sioux Standing Rock.
Durante anos, a tribo opôs-se a esta travessia, por ser um risco para o seu fornecimento de água. O oleoduto, que passa por vários Estados, começou a operar em meados de 2017.
O advogado dos queixosos, Trey Cox, disse que a Greenpeace desenvolveu um esquema para parar a construção do oleoduto. Quando argumentou o caso, alegou que a Greenpeace pagava a estranhos para irem para o local e protestar, montou bloqueios de fornecimentos, organizou ou liderou ações de formação em protestos e fez declarações falsas sobre o projeto, para o suspender.
Os advogados das entidades da Greenpeace argumentaram que as queixas não tinham provas de suporte, que os empregados da organização tiveram pouco ou nenhum envolvimento nos protestos e as entidades em causa não tinham nada a ver com os atrasos da Energy Transfer na construção ou refinanciamento do oleoduto.
Representantes da Greenpeace afirmaram, entretanto, que o processo é um teste crítico à Primeira Emenda, sobre a liberdade de expressão, e ao direito ao protesto.
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Lusa/fim