O novo Presidente dos Estados Unidos Donald Trump estabeleceu uma estrutura formal para esse esforço na segunda-feira, ao assinar uma ordem que renomeia o Serviço Digital dos Estados Unidos - que atualmente existe como um grupo de reflexão tecnológica interno da Presidência - como Serviço DOGE ('Department of Government Efficiency') dos EUA.
O gabinete será dirigido por uma equipa liderada por Musk, assumindo-se como uma organização temporária, autorizada a recrutar peritos voluntários externos. O DOGE terá um escritório no edifício Eisenhower Executive Office, dentro do complexo da Casa Branca.
Trump anunciou que Musk receberá um escritório "para cerca de 20 pessoas", a contratar. A ordem também criou "equipas DOGE" de, pelo menos, quatro pessoas em cada agência federal para implementar o programa.
A ordem executiva de Trump sugere um papel mais restritivo para o escritório em face ao que Musk tinha imaginado, mencionando que a missão tornará a Administração mais eficiente, "modernizando a tecnologia e o software federais para maximizar a eficiência e a produtividade governamentais", mas sem fazer referência explícita a cortes orçamentais ou desregulamentação - duas áreas que Trump destacou quando atribuiu a Musk as atuais tarefas, logo após a eleição.
Elon Musk, a pessoa mais rica do mundo, é um dos apoiantes mais proeminentes de Trump e foi escolhido pelo novo Presidente norte-americano para liderar o esforço destinado a reduzir as despesas da Administração.
O DOGE, uma criação de Musk, tem como objetivo concretizar o que há muito é uma das principais prioridades republicanas: diminuir o tamanho e as competências das agências federais.
De acordo com Trump, o grupo trabalhará com o Escritório de Gestão e Orçamento da Casa Branca para identificar cortes de gastos e fazer recomendações até 04 de julho de 2026.
Musk despejou milhões de dólares na campanha presidencial de Trump e emergiu como um de seus conselheiros mais próximos.
Musk e as suas empresas, incluindo a fabricante automóvel Tesla Inc. e a empresa aeroespecial SpaceX, beneficiaram de contratos do governo - e estão sujeitos a regulamentação -- o que levanta questões sobre potenciais conflitos de interesses, assim como sobre a isenção da DOGE para recomendar quais as agências que deverão sofrer cortes de financiamento.
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