O resultado de 2024, já corrigido pela variação de preços, foi impulsionado pelo desempenho positivo da economia brasileira (3,5% de acordo com projeções de agentes de mercado) e pela adoção de medidas como a taxação de fundos de investimento, o retorno da tributação sobre combustíveis e a cobrança sobre atualização do valor de bens no exterior, explicou o órgão.
"Tivemos reativação de setores inteiros da economia, que passaram a recolher [impostos], ou voltaram a recolher valores relevantes de tributos", afirmou Robinson Barreirinhas, secretário da Receita Federal, numa conferência de imprensa.
De acordo com a Receita Federal brasileira, a arrecadação de impostos no país foi impulsionada pelos aumentos na produção industrial, na venda de bens e serviços, pela alta da massa salarial (quantidade de dinheiro em circulação na economia proveniente dos salários) e pelas importações.
O montante recorde da arrecadação de impostos federais da série histórica iniciada em 1995 pela Receita Federal brasileira deve ajudar o país a cumprir a meta de défice primário em 2024 dentro da margem de tolerância de 0,25 pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB).
Para 2025, o Brasil pretende alcançar um défice primário zero, mas, mesmo com os recordes registados pela Receita Federal, agentes de mercado mantêm previsões pessimistas sobre a capacidade de o Governo brasileiro alcançar essa meta e estabilizar o endividamento público.
CYR // VM
Lusa/Fim