O Grupo BNP Paribas divulgou nesta terça-feira os seus resultados referentes ao exercício de 2024, tendo atingido um lucro de cerca de 11,7 mil milhões de euros no decorrer do ano. Este valor indica um crescimento de 4,1% face ao ano anterior e está acima do objetivo de 11,2 mil milhões estabelecido pelo banco. O RoTE ficou em 10,9%, com um valor por ação de 9,57 euros, um aumento de 8,9% face a 2023.
As receitas do grupo ascenderam a 48,83 mil milhões de euros, uma subida de 4,1% em termos homólogos. Por outro lado, as despesas subiram 2,1% para 30,2 mil milhões. O BNP Paribas destaca os custos de reestruturação e reforço de IT que, em conjunto, totalizaram mais de 570 milhões. Assim, a instituição regista um rácio de eficiência de 61,8%, uma redução de 5,7 pontos percentuais em relação ao período homólogo. Este valor está acima da média europeia, onde os bancos registavam um rácio de 53% à data de junho de 2024.
O custo de risco do banco subiu um ponto base para 33 no compêndio do ano, mas conseguiu uma redução de 5 pontos base no último trimestre. O objetivo que estava definido era ficar abaixo de 40, o que foi cumprido. Já o rácio CET1 fixou-se em 12,9%, acima dos 10,33% impostos e o rácio de cobertura por liquidez situou-se em 137%.
A instituição adiantou que pretende distribuir dividendos de 4,79 euros, correspondentes a 50% do lucro. O banco revela ainda que vai introduzir um dividendo intercalar em 2025, com um pagamento de 50% dos lucros da primeira metade do ano. O BNP Paribas acrescenta que vai iniciar no segundo trimestre um programa de recompra de ações no valor de 1,08 mil milhões de euros.
Para o período 2025-2026, o banco ajustou as suas expectativas e objetivos. A meta do RoTE é agora de 11,5% para este ano, quando antes se situava entre 11,5% e 12%. Para 2026, fica o objetivo dos 12%. O custo de risco deve continuar abaixo de 40 pontos base em ambos os anos e o crescimento anual do lucro deve ser na ordem dos 7% até 2026. Por fim, o grupo estima uma redução de custos de 600 milhões em cada ano.