
A relação entre Fabio Quartararo e a Yamaha atravessa um momento decisivo, com o piloto francês a revelar detalhes surpreendentes sobre a transformação interna da marca japonesa e os fatores que influenciaram a sua polémica renovação de contrato.
Em declarações ao programa “Pol Position”, Quartararo elogiou a mudança de mentalidade na equipa: ‘Trabalhar com os japoneses sempre foi bom, às vezes demasiado lento, mas tem havido muita gente europeia. Sobretudo, os japoneses que estão aqui tornaram-se um pouco europeus também… se algo funciona, põem-no. Isto foi uma mudança brutal que os engenheiros estão a fazer’.
A decisão de permanecer na Yamaha não foi apenas técnica. O francês admitiu que ‘para mim sempre o número um foi o projeto. Não vou mentir que a parte económica também pesou na minha decisão’. Esta honestidade contrasta com as declarações habituais dos pilotos sobre motivações puramente desportivas.
O ano de 2023 marcou profundamente Quartararo: ‘2023 foi um ano mentalmente muito duro. Passei de lutar pelo Mundial a ver-me em 10.º ou 12.º. Trabalhei muito com um coach, mas agora vimos que tenho de estar mais tranquilo’. Esta experiência levou-o a melhorar a comunicação com a equipa técnica.
A ligação emocional à marca também pesou na decisão: ‘Foi a marca onde sempre sonhei estar, quando era pequeno e via Valentino Rossi. Foi a marca que me permitiu subir ao MotoGP’. Agora, com investimentos significativos da Yamaha, Quartararo espera que 2027 traga os frutos desta aposta conjunta.