
Juan Ayuso chega à Volta a Espanha 2025 como um dos colíderes da UAE Emirates, com João Almeida, mas reconheceu que poderá abdicar da luta pela geral para apoiar o português na corrida ao pódio na prova que parte amanhã de Turim, em Itália.
«A preparação foi estranha, corri pouco, vamos ver como estou. Se puder ser uma aposta para a equipa na Vuelta, perfeito, se não, vou dedicar-me a ajudar o João Almeida. Se não for para a geral, vou tratar de o ajudar», afirmou o corredor espanhol de 22 anos.
A temporada de Ayuso sofreu um revés no Giro de Itália, onde foi forçado a desistir após ser picado por uma abelha na zona de um olho. O abandono, cedo na prova, transformou-se em motivação extra para a Vuelta, ainda que o catalão admita não ter preparado a corrida «de forma específica, pois não era a opção principal», revela.
Juan Ayuso não hesita em colocar o favoritismo em Jonas Vingegaard. «Vingegaard terá de ter a responsabilidade, ganhou dois Tours e é o melhor corredor depois de Tadej Pogacar. Ele deve levar o peso da corrida», o corredor natural de Barcelona, que esta temporada venceu a Tirreno-Adriático.
Ayuso conhece bem a prova espanhola: foi terceiro em 2022 e quarto em 2023, antes de abandonar tanto o Tour 2024 como o Giro deste ano. Agora, vê o percurso da 80.ª edição com clareza: «A primeira semana é a mais fácil e a última será decisiva, com as etapas asturianas da Farrapona, o Angliru e o final na Bola do Mundo [penúltima etapa]», explica.