6 Trubin — Não fossem uma saída oportuna aos pé de Zé Luís, já na segunda parte, e uma bela defesa a remate do mesmo adversário, aos 64 minutos, e dir-se-ia que teve direito a duas folgas depois da portentosa exibição de Guimarães. Para a Taça não jogou, este domingo esteve mais de 90 minutos a ver jogar. Mas lá está: na hora de agir, estava lá, é assim que deve ser a vida dos guarda-redes das grandes equipas.

6 Tomás Araújo — Estreou-se a marcar esta época logo aos 8 minutos, numa oportuna recarga a cabeceamento de António Silva após canto. Defensivamente teve muito pouco trabalho, e quando Mercado se afoitou mais pela asa esquerda do Aves, no início da segunda parte, controlou tudo com sobriedade. Saiu aos 77 minutos, ele que anda em gestão de esforço.

6 António Silva — No primeiro lance do jogo teve um ligeiro desentendimento com Trubin, nada de grave. Segurança a toda a prova (perante muito pouco trabalho de base, refira-se) e participação importante nas bolas paradas, com cabeceamento defendido por Ochoa que deu recarga de Tomás Araújo para o primeiro golo e cruzamento para Otamendi no último. Reencontrou-se.

6 Otamendi — Um corte ou outro para se recordar que é defesa, a liderança do costume a partir de trás e mais um golo na Liga, o sexto, que cimenta o posto de defesa com mais golos na competição.

6 Carreras — Menos exuberante que noutras ocasiões, mas ação permanentemente importante sobre uma das que poderiam ser as ameaças do Aves, Tunde. O nigeriano bem tentou, mas Carreras colocou-no no bolso com autoridade, sobretudo quando tentatava usar a principal arma, que é a velocidade. Aos 65 minutos teve uma entrada mais dura, faz de conta que ninguém percebeu que limpou uma série de cartões amarelos e assim estará certamente apto para a receção ao Sporting.

6 Amdouni — Apareceu muitas vezes a preceito pela direita, sempre mexido e a gostar de ter a bola. Muito boa execução no lance do 3-0. Mostrou que pode perfeitamente ser alternativa nesta fase final e decisiva do campeonato.

6 Aursnes — Dá ideia de que não sabe jogar mal. Omnipresente no jogo encarnado, mais à frente ou mais atrás, jogue no meio (como em quase toda partida) jogue a lateral direito (como depois de sair Tomás Araújo). Excelente abertura para Pavilidis oferecer o 4-0 a Akturkoglu e remate a rasar ao poste, já no período de compensação.

6 Kokçu — Mais um jogo assertivo. Joga com grande critério, marca ritmos e sente-se confortável a jogar longo ou curto. Marcou o livre do qual resultaria o último golo do banquete encarnado. Aos 34 minutos exagerou nos protestos e arriscou cartão, que nem sequer seria para completar uma série e cumprir castigo.

7 Dahl — O lateral esquerdo que já foi lateral direito foi, este domingo, médio esquerdo... e muito bem. Assistiu para os segundo e terceiro golos e ainda esteve envolvido na jogada do quinto. Aos 53 minutos quase tinha o seu momento de fama, mas o remate foi bloqueado por Ochoa. Terminou a lateral (uff...) após a saída de Carreras.

7 Pavlidis — Mais um jogão do grego. Marca, dá a marcar, atira à barra, é por esta altura peixe na água na estratégia encarnada. Imprescindível.

5 Schjelderup — Boa entrada do norueguês, que começou na direita e terminou na esquerda. Sem medo de transportar a bola, cabeça levantada, serenidade na decisão.

6 Belotti — Entrou cheio de vontade. Tanta que iniciou e concluiu a jogada do 5-0, numa altura em que o jogo vinha meio adormecido desde o intervalo. Terá sido o único jogador do Benfica a cometer mais que uma falta, o que demonstra as ganas.

5 Arthur Cabral — Entrada assertiva, embora sem resultados práticos. Ajudou a manter o jogo sempre mais perto do aprofundar da goleada que de uma reação avense.

5 Leandro Barreiro — Discreto no cumprimento das funções que tinham sido de Aursnes, transportado para lateral-direito no último quarto de hora.

5 Prestianni — Teve tempo para três ou quatro pormenores demonstrativos da qualidade que possui. Mais cedo ou mais tarde este menino vai aparecer.