A precisar de vencer para se consagrar na terceira posição, o FC Porto recebeu o Benfica, que está a lutar pelo título, e foi goleado, por 1-4, naquela que foi uma noite histórica no futebol português.

No lançamento da partida não surpreendeu os onzes iniciais escolhidos, tanto por Martín Anselmi como Bruno Lage. Ambas as equipas a precisar de vencer seria de expectar que não houvesse alterações. O conjunto da casa utilizou as opções que têm dado garantias e que venceram os últimos dois jogos.

Já os encarnados, apesar de, normalmente, fazerem uma maior gestão, face à qualidade existente no plantel, foram a campo com as armas prediletas do treinador benfiquista, tendo como única surpresa, a meu ver, a utilização de Akturkoglu pela esquerda, em vez de Bruma.

E em 40 segundos, e sem tocar no esférico, o FC Porto entrou a perder com Pavlidis a chegar aos 13 golos na Liga. Salientar a movimentação de Ausrnes que abriu espaço para o internacional grego finalizar.

Apesar da entrada errática dos portistas, a equipa de Anselmi conseguiu recuperar animicamente. Sem oportunidades claras nos primeiros 20 minutos, mas com várias recuperações em zona subida e maior posse de bola os dragões demonstraram uma boa versão, mas sem finalizar fica difícil fazer golo. O FC Porto é, atualmente, uma equipa que no último terço não é objetiva.

Em contrapartida, as águias foram mais perigosas com duas bolas ao poste de Akturkoglu e Pavlidis, além de uma grande defesa de Diogo Costa após o cabeceamento de Florentino. No fim da primeira parte para consumar as oportunidades criadas, o Benfica volta a faturar, novamente, com Pavlidis em destaque depois de “deitar” Nehuen Perez e silenciar o dragão.

Na segunda parte, o descalabro continuou. O FC Porto foi apenas uma sombra de si próprio, enquanto o Benfica conseguiu dilatar a vantagem. Pavlidis concretizou o hat-trick, Di Maria espalhou magia e Ausrnes foi um autêntico box-to-box. Os encarnados confirmaram no dragão que, neste momento, são a equipa em melhor forma do campeonato.

Em nenhum momento, os dragões deram sinais de melhorias na volta dos balneários, além do golo de Samu ao minuto 81. Os comportamentos coletivos foram deploráveis. Obviamente que existe uma diferença clara, na qualidade dos plantéis, mas não há desculpa para algumas atitudes vistas neste clássico.

Para fechar uma exibição lamentável dos dragões, Otamendi ainda viria a fazer o quarto golo da partida, salientando a grande exibição realizada pelos comandados de Bruno Lage.

Com esta vitória, o Benfica fica em primeiro lugar, à condição, com 68 pontos e o FC Porto permanece, na terceira posição, com 56 e ambos ficam à espera do resultado que sairá da partida entre o Sporting e o Braga para descobrir se permanecem nas posições atuais.