Declarações de Martín Anselmi na sala de imprensa do Estádio do Rio Ave, depois do empate entre vila-condenses e o FC Porto, em duelo da 20.ª jornada da Liga.
Análise ao jogo
«Entrámos muito bem no jogo, tendo simetria com Gonçalo aberto na direita e Mora como interior, tentando dar profundidade. Abrindo com os centrais. Vi uma melhoria na hora de criar, em relação ao jogo europeu. Recuperámos bolas, fomos intensos. Podíamos ter marcado antes. Cometemos um erro, o adversário ficou em vantagem sem ter conquistado a nossa área defensiva. Marcámos de bola parada, chegou por essa via depois de tanto que tínhamos criado. Depois outro erro e de novo em desvantagem. Tentámos mudar do quadrado para um rombo, depois com alas e dois pontas para ligar algum centro. Faltou jogar mais nas alas, fazer combinações. Vamos pelo bom caminho. Eu quero que compita sempre e o FC Porto competiu. Não gosto de empatar, mas acho que o FC Porto competiu. A jogar assim vamos ganhar mais vezes.»
Impacto da saída de Nico González
«As saídas de Nico e de Galeno tão repentinamente, são baixas sensíveis. Trabalhámos com Eustáquio porque sabíamos que podia chegar de forma repentina a saída do Nico. Testámos algumas variantes. Decidimos que não havia ninguém no mercado para substituir o Nico, não quero tapar jogadores como Mora ou Vasco Sousa e trazer um jogador para rechear o plantel. Não encontrámos um à altura do FC Porto, então continuamos a trabalhar com este plantel e preparar o mercado de verão com mais tempo. Vamos dar ferramentas a estes jogadores e eles a nós para sermos melhores.»
O que muda com o trio de centrais
«Queríamos jogar com dois médios, o Eustáquio com o Alan Varela. É diferente a forma de construir, dão menos flexibilidade ao líbero.»
Arbitragem
«Não gosto muito de falar das arbitragens. Senti em algum momento que recebemos muitas faltas e nas primeiras que fizemos castigaram-nos muito. Houve algumas polémicas na área. No outro jogo há um penálti entre peito e mão, com o braço aberto, hoje houve algo parecido. Não entendo bem o critério, mas eu não controlo a arbitragem, controlo a minha equipa. Mas quero perceber o que fizemos mal, independentemente da arbitragem.»
Como lidar com os erros individuais?
«O erro é parte do futebol. Gostamos de construir de forma organizada, encontrar vantagens que nos deem mais probabilidade de fazer golo. Haverá chances com espaço, outras em superioridade... Corrigir um gesto técnico é difícil, não joguei futebol, como vou corrigir se não estou capacitado. Eu gosto de corrigir a tomada de decisão para que seja a correta. Pode haver este tipo de erros. Vou apoiar os meus jogadores, é parte do jogo. Otávio errou a bola, é um gesto técnico. O Nehuén fixou demais. São coisas que se podem trabalhar. Mas pagámos caro. Faz parte do jogo. A única forma de melhorar é continuar a fazê-lo.»