O Torreense recebeu e perdeu (0-1) com o Penafiel, domingo, em jogo relativo à 15.ª jornada da 2.ª Liga, na qual passou a ocupar o 5.º lugar, com 25 pontos, a seis dos penafidelenses, que ocupam a vice-liderança, em igualdade pontual com o Tondela. Através de um comunicado, os reponsáveis do emblema do Oeste fizeram questão de manifestar a sua "profunda indignação" com a atuação do árbitro Gustavo Correia e do VAR Fábio Melo, cuja avaliação vai ser seguida "com a máxima atenção", como é referido. Em causa está o "golo limpo" anulado a Vando Félix aos 66', o "penálti fantasma" de que nasceu o golo de João Silva aos 86' e os três cartões amarelos "justamente para aqueles que estavam em risco de exclusão na próxima partida". 

Leia o comunicado na íntegra:

"A Sport Clube União Torreense Futebol SAD, em total solidariedade com os seus atletas e adeptos, vem por este meio manifestar a sua profunda indignação pelos factos ontem ocorridos no Estádio Manuel Marques, na partida frente ao FC Penafiel. Um jogo tão bem disputado entre duas equipas dignas uma da outra, não merecia ter ficado manchado na sua verdade desportiva por uma injustiça tão clamorosa.

Um golo limpo de Vando Félix, aos 66 minutos, inexplicavelmente anulado, quando nenhuma das repetições do lance mostra qualquer irregularidade. Sim, o VAR existe justamente para que situações como esta não ocorram. Como se tal lance capital não fosse já suficiente, um penalty fantasma aos 86 minutos, quando o jogador azul grená flagrantemente coloca os seus braços atrás das costas, só pode mesmo ser visto como um presente antecipado de Natal, do Norte para o Norte, made in Póvoa do Varzim. Ainda assim… não é tudo! Os únicos três cartões amarelos exibidos a jogadores do Torreense, foram justamente para aqueles que estavam em risco de exclusão na próxima partida. Uma coincidência na qual só pode acreditar quem tiver mesmo muita vontade de o fazer.

Fica impossível não apelar a uma maior seriedade e competência no futebol português. Se queremos um desporto credível, que atraia mais adeptos, patrocinadores e projeção internacional, é fundamental que dentro de campo as decisões sejam justas, transparentes e coerentes. Precisamos de tornar este produto mais atrativo e comercializável, para que o futebol em Portugal seja visto como um espetáculo de qualidade e não um palco de polémicas evitáveis.

Fica também impossível não ficar com a máxima atenção à avaliação que Gustavo Correia e o VAR Fábio Melo vão ter neste jogo, sem esquecer as nomeações para as próximas jornadas. Esses indicadores são fundamentais para que todos fiquemos com a exata noção sobre a forma como este jogo foi visto e analisado pelas entidades competentes.

Os 1.500 adeptos que ontem quase encheram o Estádio Manuel Marques aplaudiram de pé a equipa do Torreense no fim do jogo, em uníssono, e não o fizeram em vão. Fizeram-no porque viram todos o mesmo jogo, porque sentiram todos a mesma indignação, perante uma derrota totalmente mentirosa. A paixão e entusiasmo que demonstraram do primeiro ao último minuto, erro nenhum consegue derrubar. Pelo contrário, são o alento que nos tornam fortes demais para desistirmos. Que fique claro: seguimos mais unidos do que nunca!"