Sudakov sente-se renascido desde que pegou na caneta para assinar contrato pelo Benfica. Em entrevista divulgada no canal do Youtube da Associação Ucraniana de Futebol, o médio-ofensivo revelou os pormenores sobre o interesse demonstrado pelas águias e a forma como viveu os dias antes de ser oficializado como reforço. Agora, sente que deu um passo em frente.

"É difícil fazer uma escala, mas parece que nasci de novo. Começas tudo do zero. No Shakhtar, passei por uma certa fase e agora o Benfica dá um grande passo em frente. Saio da zona de conforto, inicio um processo com uma nova equipa, treinadores. É um novo momento", expressou. Mas, em boa verdade, a ficha demorou a cair, mesmo quando o internacional ucraniano já estava em Portugal: "Tudo aconteceu muito rápido. Mesmo quando já estava há dois ou três dias em Lisboa, depois de assinar contrato, ainda não acreditava. Parecia um sonho quando cheguei para treinar e conhecer a equipa."

Sudakov já tinha sido ligado a clubes como o Nápoles, pelo que, numa primeira instância, nem deu muito valor quando surgiram as notícias sobre o interesse do Benfica. Mas, depois, recebeu uma importante chamada. "Percebi que havia um sério interesse quando o meu empresário me ligou na segunda-feira, antes do jogo frente ao Servette. Disse-me que o Benfica tinha um sério interesse em mim e que talvez viajasse de Genebra para Lisboa depois do jogo", contou.

A partir daí, o criativo, de 23 anos, revelou que a parte mais difícil foi ficar "quatro ou cinco dias à espera da definição da transferência" enquanto tinha de preparar um jogo. "Ganhámos, seguimos em frente na Liga Conferência pelo Shakhtar e nessa noite [quinta-feira], depois do jogo, acertámos os termos com o Benfica", contou.

O centrocampista ainda não teve muito tempo em Lisboa - apesar de já ter estado nas bancadas a assistir à vitória das águias frente ao Alverca -, mas os primeiros dias encantaram-no. "A cidade é bonita, o tempo é bom e a comida é deliciosa. Há muitos ucranianos. Vai ser mais fácil psicologicamente, especialmente tendo uma mulher grávida e uma criança pequena", referiu, lembrando que está sempre em contacto com Trubin, que até já o ajudou num fator importante: "Já me deu os contactos para estudar a língua portuguesa. Quero fazê-lo duas ou três vezes por semana para facilitar a comunicação com a equipa. A maioria fala inglês, mas a língua portuguesa vai dar-me um novo nível no dia-a-dia."