
Pedro Acosta está há dois anos na categoria rainha do Mundial de velocidade de motociclismo e, neste momento, ocupa o 13.º lugar da classificação com a sua KTM. A falta de rendimento do protótipo do fabricante austríaco, aliada às constantes delicadas questões financeiras da marca, há muito fizeram surgir os rumores de que o espanhol poderia mudar em breve de boxe.
Perante tanta conversa, o piloto de Múrcia explicou à Speedweek que a sua relação com a equipa é diferente. «Claro que quero ganhar, mas a minha relação com a KTM é mais pessoal do que muitas pessoas pensam. Compito com estas cores desde que tinha 14 anos e estou quase a fazer 21. Estou há sete anos nesta família, não será fácil dizer-lhes adeus. Acredito que a moto chegará ao nível esperado», disse Acosta que tem sido apontado à Ducati da equipa de Valentino Rossi e à Honda.
«Sou o único neste paddock que não se importa com o dinheiro. Nem sinto uma pressão enorme, ninguém ma colocou sobre os ombros desde o primeiro dia que aqui cheguei. Quando estava no Moto2, todos esperavam que ganhasse o campeonato no primeiro ano. No ano passado fui o piloto com mais quedas e ninguém me disse nada», revelou. Acosta tem contrato até ao fim de 2026.
No início do Mundial, vários sites internacionais divulgaram uma lista de salários dos pilotos do Moto GP com Fabio Quartararo no topo a receber 12 milhões de euros, seguido de Marc Márquez com 12 milhões e Francesco Bagnaia com 7 milhões a fechar o pódio.
Pedro Acosta é o 12.º na lista como recebendo 1.5 milhões enquanto o português Miguel Oliveira aparece em 16.º com 800 mil euros.
«Quem tem pressão é quem está desempregado e tem de pôr comida em casa. Eu estou aqui e posso fazer o que amo. Divirto-me a pilotar. Quando assim é os bons resultados acabam por chegar. Às vezes demora mais, outras demora menos. Mas se mantenho a calma e estou feliz, acabarão por chegar», concluiu.