A Segurança Social, enquanto credora o Boavista, decidiu, por despacho do Conselho Diretivo do IGSSS, votar contra o Plano Especial de Revitalização (PER), apresentado pelo emblema axadrezado no Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia, disso já tendo informado o Administrador Judicial Provisório, informou este domingo o Jornal de Notícias.

A posição da Segurança Social, explica o JN, baseia-se no incumprimento de acordos anteriores por parte do clube. Em 25 de junho de 2024, no âmbito do Regime Extrajudicial de Recuperação de Empresas, foram autorizados dois planos de pagamento, com prazos entre 60 e 100 prestações mensais, dependendo do período da dívida. Contudo, apenas a primeira prestação de cada plano foi liquidada.

Esse acordo, com o pagamento das contribuições vencidas até à data de autorização dos planos, permitiu à Liga emitir um documento comprovativo de regularização da situação, essencial para que o Boavista pudesse continuar a competir. Na altura, foi claramente comunicado à SAD que as condições autorizadas representavam a última oportunidade para o cumprimento das suas obrigações, o que não foi respeitado. No contexto do PER, a Segurança Social informou ainda que só votaria favoravelmente caso fossem regularizadas as prestações e contribuições mensais em atraso, o que não aconteceu.