O treinador do Vitória, Rui Borges, já abordou o encontro com o Nacional, da 15.ª jornada da Liga. O jogo terá lugar esta segunda-feira, pelas 18h45, no Estádio D. Afonso Henriques.

Que resposta espera da sua equipa e o que pode condicionar essa resposta neste jogo?
"Não há nada que possa condicionar. Espero e acredito que vamos continuar a dar boas respostas e fazer um bom jogo diante de um bom adversário, que valoriza o jogo, que não se encolhe, que gosta de pressionar bastante alto. É uma equipa com valores individuais muito interessantes, com um treinador jovem. É uma boa equipa, que nos irá criar problemas, sem dúvida alguma. Espero que a nossa equipa esteja pronta e capaz de fazer o que tem sido capaz de fazer, a ser intensa, a mandar no jogo, a criar muitas situações de finalização. Queremos fazer um bom jogo e ganhar para poder dedicar o triunfo aos adeptos nesta data especial".

Equilibra mais as contas o facto do Nacional ter sido do jogo a meio da semana?
"Acredito que os jogadores de um lado e do outro vão estar preparados, sempre fiéis à ideia de jogo. São duas equipas que gostam de jogar bem, que privilegiam o jogo positivo, com bola. São duas equipas bem organizadas quando não têm bola. A minha ambição é a de que a equipa esteja capaz, que não fuja do que tem feito. Temos de estar motivados e ser ambiciosos, cientes que do outro lado está uma boa equipa. Jogamos contra uma grande equipa da Europa, os jogadores estavam motivados, mas amanhã temos de estar super motivados para voltar às vitórias no campeonato. Queremos manter a mesma intensidade porque queremos seguir o nosso caminho a ganhar". 

O Vitória tem criado inúmeras situações de golo, mas não tem concretizado. Será provável marcar mais vezes no futuro?
"Temos trabalhado nesse sentido. Preocupava-me se não tivéssemos tantas situações de finalização, não foi apenas na Conference mas também nos últimos jogos do campeonato. Temos tido muitas situações de finalização, mas não fomos capazes de marcar tanto um pouco por uma questão individual. Não podemos desconfiar da nossa qualidade individual dentro da qualidade coletiva que temos mostrado. Se finalizássemos todas as situações que criamos estava feito porque o presidente vendia 10 jogadores em janeiro. Estou feliz pelo que eles têm sido capazes de produzir."

Gustavo Silva dá coisas diferentes à equipa?
"O Gustavo dá coisas diferentes de um avançado normal. Conseguimos fazer algumas coisas boas, os colegas vêm isso. Acima de tudo sentimos a disponibilidade e a confiança de ele em querer ajudar. Trabalha imenso, gosta de ouvir, a equipa adapta-se bem, sabe o que dá cada um. O Merci tem um perfil interessante, tem de crescer, pode ser solução. O Bica igualmente, é um miúdo que conheço bem, precisa que perceber que vai chegar a hora dele. Não tem muitos jogos nos últimos anos, por isso a adaptação dele custa mais. O Merci tem um perfil engraçado, muito bom, mas joga futebol há três ou quatro anos, vai levar mais trabalho. Gostava de ter o Nélson e o Chucho, mas estão lesionados".

Continua a debater-se com as mesmas baixas?
"As baixas que temos são as mesmas, não podemos contar com o Toni, o Chucho, o Gaspar e o Nélson".

Um jogo por semana o que pode mudar?
"Tem sido uma aprendizagem para todos nós. Há algumas questões aquisitivas que temos de relembrar porque os dias têm sido quase todos de recuperação, mas a equipa tem crescido muito com outras coisas. A equipa tem crescido de forma individual. Vamos ver como eles vão sentir as semanas de jogo diferentes, sem partidas a meio da semana. Não sei como vão lidar com isso, será um desafio para nós. Mas, claramente eles precisam de descanso porque não saímos daqui. Quero mantê-los ligados".