
Rui Borges analisou a vitória do Sporting sobre o Benfica em conferência de imprensa. O Bola na Rede colocou uma questão ao técnico.
O Sporting venceu o Benfica por 3-1 na final da Taça de Portugal e Rui Borges, treinador dos leões, analisou o encontro em conferência de imprensa. O Bola na Rede esteve no Jamor e teve a possibilidade de fazer uma questão ao técnico.
Infelizmente, não nos foi concedida a possibilidade de questionar Bruno Lage, treinador do Benfica.
Bola na Rede: Antes demais parabéns pela vitória. Já aqui mencionou a estratégia um pouco diferente apresentada pelo Benfica hoje, também pelo papel dos extremos, com o Bruma entrelinhas a funcionar como um terceiro médio em alguns momentos e o Akturkoglu a tentar forçar a linha defensiva. Como analisou a exibição da linha defensiva do Sporting e qual o objetivo das alterações e de colocar dois laterais no papel de centrais exteriores?
Rui Borges: A linha defensiva esteve muito bem. Ao intervalo pedi para ser um bocadinho mais proativa no sentido de acompanhar quando as bolas andavam para trás. Estávamos a ficar um pouco baixos e depois o Inácio tinha de ir buscar o Bruma mais fundo e via a distância mais longa. Às vezes hesitava e criou-nos alguns problemas na primeira parte num ou noutro lance. A linha defensiva tinha de ser mais proativa em encurtar o espaço entre a linha defensiva e a linha média para que o Inácio tivesse menos espaço e fosse mais rápido a encurtar a distância. Quanto à estratégia do adversário não sei. Têm de lhe perguntar a ele, mas é algo que estávamos preparados e achávamos que ia fazer como acabou por acontecer. Entrou num jogo que gostamos, porque andamos muito a referências, não tanto no espaço, mas no homem. Tínhamos de ser competitivos e melhores nos duelos e em alguns momentos não fomos e deixámos alguma hesitação criar lances perto da área por essa falta de competitividade. Deixámos o Carreras conduzir duas vezes pelo espaço interior, mas a linha defensiva esteve muito bem. Em relação ao Iván [Fresneda] e ao Matheus [Reis] são dois jogadores que têm treinado ali. O Iván nunca jogou, mas treinou lá por várias vezes. Torna o jogo diferente porque estávamos a perder e em vez de criarmos desequilíbrios só com o Maxi [Araújo] e o Quenda, tínhamos dois centrais na largura que também são de corredor. Podíamos criar superioridades de 2X1 e criar ali mais oportunidades com mais homens, laterais e jogadores de corredor. O Gonçalo Inácio e o Quaresma não o têm, são centrais mais fixos, posicionais. O Matheus e o Iván andaram mais fundos, passaram mais vezes no corredor, mesmo sendo centrais da largura. Arriscámos um bocadinho mais e tentámos criar essa dinâmica.