Dias depois de ser apresentado como treinador do Sporting, Rui Borges fez a antevisão do jogo com Benfica, agendado para este domingo.

Que grupo encontrou? «Um grupo com vontade treinar, jogar, ganhar, ligado à nossa mensagem e a querer ouvir. Tentámos ser curtos, não passar demasiada informação em pouco tempo para ver se eles encaixam o que é importante para amanhã. O grupo está motivado para jogar.»

Benfica: «Podemos ir buscar algumas coisas em relação ao adversário, em relação à minha equipa anterior não posso. Os jogadores são diferentes e os hábitos de jogo em relação ao Vitória também são diferentes. Não há comparação. Em relação ao adversário sim, podemos tentar ver que pontos em comum existem. Foco-me no que os meus jogadores podem dar amanhã.»

Inspiração ou atitude para fazerem a diferença? «Atitude vai fazer a diferença. Chegámos há 72 horas, não vou chegar aqui e fazer magia. Não sou mágico. Queremos fazer algumas coisas específicas que entendemos que podemos tirar partido sobre o adversário. A equipa não vai estar como nós queremos- muito longe disso-, mas encontrei um grupo recetivo e isso é importante. Se falharem algo, a atitude tem de estar lá. O ambiente vai importante para nós, a atitude fará a diferença.»

Peso do fator emocional: «É dérbi, qualquer jogador está motivado. É um grande jogo e é mais fácil de lidar para mim. Ainda para mais em nossa casa, os adeptos serão importantes porque ainda está a haver uma adaptação, independentemente do sistema. Não vamos estar com ‘aquela’ atitude, mas os adeptos vão empurrar-nos para a vitória, que é o que queremos.»

Rui Borges
2024/2025

30 Jogos
18 Vitórias
7 Empates
5 Derrotas

56 Golos
25 Golos sofridos

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Grau de importância vencer o Benfica (nunca o fez)? Tabela classificativa? «Não olho para os ‘ses’. Foco-me no que controlo, quero tirar o melhor partido dos meus atletas e jogar. As pessoas de fora têm falado, mas falaremos do campeonato no fim. Amanhã é mais um jogo e queremos ganhar. Se ganharmos, a consequência será sermos primeiros, a melhor coisa que nos pode acontecer. O nosso foco é apenas ganhar. Vamos sofrer em alguns momentos, vamos ter dores de crescimento, mas faz parte. No entanto, não nos podemos desviar desse caminho, os ‘ses’ não existem.»

Favoritismo do Benfica? «Não, não entrego. É um dérbi, o jogo vai ser competitivo e estamos em nossa casa. Mais do que a qualidade, acredito que será a parte competitiva que levará o jogo para bom ou menos bom. O favoritismo é igual, é um ‘se’. Quero é ganhar perante os nossos adeptos.»

Como encontrou os jogadores? Parte psicológica? «Eu estar próximo deles, é a minha forma de ser, não é por achar que eles estão mais abatidos. A tarefa mais difícil para um treinador é conhecer os jogadores, olhar para todos da mesma forma, mas de maneira diferente. Todos eles têm maneiras diferentes de estar, sentir e comer, já o Ruben [Amorim] dizia isso. Eu olho muito aos pormenores. Sinto os jogadores motivados e com vontade de ouvir. Percebem que há aqui um momento menos bom, mas estão tranquilos.»

Jogadores acreditam que são a melhor equipa em Portugal: «Têm de acreditar, são campeões nacionais. Eu estou aqui, portanto também acredito. No entanto, não podemos só dizer que somos campeões, temos de o mostrar. Inspiração e atitude têm de estar sempre presentes.»