
Rui Borges, técnico do Sporting, analisou - aos microfones da Sport TV - o triunfo esclarecedor dos leões na Amadora (0-3).
O treinador português mostrou-se satisfeito com a vitória, que permite ao Sporting assumir a liderança isolada da Liga sob forma provisória, e destacou a importância de ter Gyokeres a 100 por cento. O sueco, sublinhe-se, marcou dois golos e assistiu.
Rui Borges em discurso direto:
Análise ao encontro: «É um jogo onde controlámos do início ao fim. O Estrela tem um ou dois lances de bola parada, lançamentos... O que falei na antevisão foi o que aconteceu. Um Estrela muito forte em duelos e nós conseguimos trazer, com os nossos adeptos, o ambiente para o nosso lado. E isso sentiu-se em alguns momentos na frustração dos jogadores do Estrela. Entrámos bem, a partir dos 20 minutos o Estrela conseguiu adormecer o jogo, entrámos nesse ritmo lento, depois com a expulsão ficou tudo ainda mais lento. Começámos a perder a bola, pouca largura, velocidade. Ao intervalo, sentimos que precisávamos de jogadores na largura por causa do 1x1 e foi isso que tentámos fazer. Depois do 1-0 desbloqueámos, acho que podíamos ter feito mais cedo o 2-0. Comandámos do início ao fim e o resultado surgiu com naturalidade. Jogo simples de analisar.»
Sobre Gyokeres e a sua «frescura física»: «Já há algum tempo que está a crescer e a voltar ao Viktor normal em termos físicos. Faz claramente a diferença numa equipa como a nossa, vivemos muito do que a malta da frente nos dá. Hoje, jogámos com o Zeno e o Edu, são dois médios que não nos vão dar muito na criação. Precisamos muito e vivemos muito do que ele nos dá a malta mais irreverente. O Viktor é o normal dele, é extraordinário. É aproveitar poder desfrutar dele diariamente, não só aqui, no jogo, mas diariamente. A treinar é exatamente a mesma coisa: competitivo, ambicioso e transporta isso para a equipa. E isso é importante porque a equipa é jovem, precisamos de alguém que passe a ambição, a parte competitiva. É um jogador muito importante e não fugimos a isso.»
Hoje foi preciso a atitude? «Não só hoje, como sempre. Com todos os contratempos, jogadores castigados, lesionados, agarramo-nos sempre à atitude. Se estiver lá, vamos ganhar. E a atitude competitiva tem aumentado, já digo isso há uns jogos. A energia é diferente. Vejo o Zeno, que era um central com dificuldades nos duelos, a crescer e ganhar essas capacidades. Era algo que lhe faltava e agora está a conseguir conquistar esses atributos. E vai melhorar, vai-se capacitando de outras armas que lhe faltavam. A equipa está focada, o grupo é uma família enorme. Foi importante a pausa para outros jogadores.»
O Sporting jogar primeiro pode pesar? «Estamos focados no que controlamos, nos nossos jogos. O adversário ganhou e é normal, mas nós temos de fazer a nossa parte. Hoje tínhamos de o fazer e fizemos. O que os três pontos nos dão é a consequência. Foi isso que pedi hoje à equipa: somos obrigados a, cada um, dar o seu melhor. Se isso acontecer, vamos ser competitivos e ganhar.»