
Rúben Xaus não poupou críticas aos pilotos que permanecem anos em equipas satélite sem mostrar evolução competitiva. A sua análise aponta para uma falta de exigência nestas estruturas que, segundo ele, tem contribuído para a estagnação de vários nomes no MotoGP. As palavras foram duras e vindas de alguém que conhece por dentro a realidade do paddock.
‘Há pilotos que levam cinco anos em equipas satélite sem que ninguém lhes exija resultados a sério. Isso não pode ser’, disparou Xaus. Para o catalão, estas equipas tornaram-se refúgios onde alguns se instalam, sem o desafio necessário para crescer. Em vez de servirem como trampolim para lugares de fábrica, muitas vezes acabam por ser um fim de linha confortável.
Xaus defende que a pressão deve existir em qualquer estrutura profissional. Se não há exigência, não há motivação nem progresso. Os pilotos devem ser constantemente desafiados a evoluir e a provar que merecem mais. A passividade, para ele, é inimiga da competição.
A crítica vai também para os próprios responsáveis das equipas, que por vezes preferem estabilidade a resultados. Para Xaus, isso prejudica tanto os jovens talentos como o espectáculo desportivo. A competição perde força quando não há consequências para a mediocridade.
Com esta declaração, Xaus relança um debate antigo: qual é o verdadeiro papel das equipas satélite? Se forem apenas estacionamento temporário, o MotoGP corre o risco de se tornar previsível. É urgente devolver-lhes o carácter competitivo e a ambição.