
A seleção de Angola segue envolvida na fase africana de apuramento para o Mundial 2026, numa concentração que se iniciou em Portugal e que se concluirá na terça-feira com o embate frente a Cabo Verde, adversário que lidera o grupo e a apenas três pontos de distância. O selecionador dos Palancas, o português Pedro Soares Gonçalves, mostra confiança em quem está… e também quem se encontra de sobreaviso para qualquer eventualidade como o guarda-redes Ricardo Batista, do Casa Pia.
O veterano guarda-redes continuará a trabalhar no seu clube mas, garante o selecionador angolano, não está esquecido apesar de não fazer parte das suas atuais escolhas. «É um elemento que nós acolhemos, de quem a equipa gosta e sabemos das suas qualidades. Infelizmente, para nós e para ele, não tem sido opção no Casa Pia, enfrenta também um rival de manifesta qualidade [Patrick Sequeira], mas continuamos a segui-lo e a acompanhar, e não quer dizer que não volte a estar», deixou em aberto.
Neste momento, o guardião de 38 anos espera por novas oportunidades, seja no clube ou na seleção, encontrando-se apto a competir. No seu caso particular, Pedro Soares Gonçalves mostra-se totalmente descansado.
«Aqui, está de sobreaviso porque estava pré-convocado. Está notificado de que poderia ter entrado, portanto, nas escolhas finais, ou pode a qualquer momento ser chamado e o seu clube também tem conhecimento disso», alertou o selecionador angolano, há muito conhecedor das capacidades do atleta.
«O Ricardo é alguém que reconhecemos, eu reconheço, o nosso treinador de guarda-redes inclusive já trabalhou com ele no Recreativo do Libolo e claramente reconhecemos as suas qualidades. Ainda não é internacional, apesar de já ter estado connosco em algumas convocatórias», lembrou ainda o treinador.
Uma situação até inusitada, dada a vasta experiência acumulada por Ricardo Batista e à qualç o próprio selecionador até reconhece já ter procurado pôr termo. «Já o quis realmente colocar em jogo, mas por um motivo ou outro, infelizmente, acabou por duas situações e por solicitação do próprio, não jogar quando o iria fazer. Uma por um motivo de lesão e outra por um motivo familiar, porque senão já era mesmo internacional angolano, tal como eu tinha projetado», assegura o treinador português.
«Por um motivo ou por outro, o Ricardo acabou por não se estrear e claro que está numa perspetiva em que, quando olhamos para ele de momento, obviamente até pela idade dele, já não projetamos o Ricardo a médio e longo prazo quando olhamos para um projeto de trêsa seis anos, mas sabemos das suas valências, do seu momento e, como disse, foi um dos jogadores sinalizados. Está pré-convocado e, se houver necessidade, tem toda a nossa confiança. Não é um elemento estranho, nem pouco mais ou menos», garantiu, por fim.