O Caso Cardoso Varela continua a correr bastante tinta. Depois de ter sido noticiado que o extremo de apenas 15 anos que atua no FC Porto estava desaparecido e que os dragões estavam a preparar uma queixa à FIFA, um dos representantes do jogador quebrou o silêncio.

Faustino Gomes, em comunicado, revelou que tudo está a ser feito em concordância com a família do jogador e alega que não houve qualquer tentativa de rapto ou similar.

Cardoso Varela
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«O Cardoso Varela, depois do Europeu, esteve no Dragão e ia para a escola fazer exames, não foi raptado. Em nenhum momento constou o meu nome oficialmente nos documentos, quer procuração, quer contrato com a Puma ou mesmo com o FC Porto. Sempre foi a família que assinou. Ficou provado, perante as autoridades competentes, que não houve rapto», começou por referir.

«Tudo foi feito com consentimento da família do miúdo. Fui eu que o levei para o FC Porto quando ninguém o conhecia. Foi um processo que começou com Fernando Gomes (...), e veio-se arrastando por muito tempo com Pinto da Costa. O presidente André Villas-Boas, antes do término do contrato, no dia 30 de junho, tudo fez para levar esse caso a bom porto, mas infelizmente não houve acordo com a família.»

«Tenho boa relação com o presidente Villas-Boas, ainda ontem estivemos a falar»

Faustino Gomes foi mais longe e contou detalhes sobre o processo de renovação com Cardoso Varela.

«Depois da reunião de dia 28 com o diretor do FC Porto (...), no dia 29 fiz questão de marcar novamente outra reunião entre a família e o Sr. Presidente André Villas-Boas a um dia antes do término do contrato de formação. O papel de representante de um atleta menor nunca estará acima da decisão familiar, que fique claro. Sigo as coordenadas da família. São eles que mandam, como dita a lei.»

»Não posso abandonar o miúdo, que não tem culpa de nada e que tem muito afeto comigo, só porque não houve acordo ambas as partes. Tenho boa relação com o presidente Villas-Boas, ainda ontem estivemos a falar, porque tenho mais atletas no FC Porto e ele sabe qual é a minha posição no processo», concluiu.

Recorde-se que o jogador viajou este sábado com dois representantes para a Croácia, onde está previsto que atue pelo Dinamo Odranski Obrez, emblema que atua nos escalões inferiores do futebol local.

A ideia é que o extremo jogue na Croácia até completar 16 anos, em outubro deste ano, para depois dar o salto para um campeonato mais competitivo- ao que tudo indica o alemão.

Perante este imbróglio, o FC Porto e a Federação Portuguesa de Futebol já entraram em contacto com a Federação Croata, bem como com a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens.