Remco Evenepoel deverá regressar à competição em meados de abril de 2025, quando prevê ter recuperado a forma física após o acidente na estrada que sofreu durante um treino no início de dezembro e de cujas lesões graves ainda está em fase de recuperação.
Em entrevista ao jornal diário belga La Dernière Heure, o corredor belga da Soudal Quick-Step revelou as suas primeiras quatro provas previstas para a próxima temporada, cujo início terá de adiar devido às lesões. O bicampeão olímpico deverá regressar no dia 18 de abril, na clássica belga La Flèche Brabançonne, antes de continuar com o tríptico das Ardenas, a Amstel Gold Race, dia 20 seguinte, a La Flèche Wallonne (23) e a Liège-Bastogne-Liège (27), clássicas em que deverá cruzar-se com Tadej Pogacar.
Remco Evenepoel pretende estar apto desde a primeira corrida (La Flèche Brabançonne) «a vencer», refere. «É isso que tenho de fazer se quero encontrar um ritmo competitivo para o Tour de França», declara o corredor de 24 anos, mas ressalva: «Nunca se deve dizer nunca, mas o Giro [partida em 10 de maio, na Albânia] não me parece realista neste momento. De qualquer forma, será um ano especial, em que não terei as opções limitadas», justifica.
Três das quatro corridas anunciadas por Remco Evenepoel coincidirão com as do programa de Tadej Pogacar: Amstel Gold Race, La Flèche Wallonne e Liège-Bastogne-Liège. Em 2024, os dois corredores cruzaram-se em quatro provas e em todas o esloveno saiu vencedor. Na Liège, que o Pogacar conquistou em 2021 e 2024, em nenhuma das edições defrontou o belga, que triunfou na La Doyenne em 2023 e 2024, as suas únicas participações.
Nesta entrevista, Remco Evenepoel fez ainda a atualização do estado da recuperação das lesões contraídas no acidente sofrida esta pré-temporada (fraturas de uma costela e da omoplata e mão direitas, contusões nos dois pulmões e luxação de clavícula direita, esta última a implicar cirurgia), em que colidiu com uma porta de uma viatura durante um treino na Bélgica. «Recebo massagens para manter os músculos flexíveis. Estou a melhorar, mas lentamente. Sinto pouco progresso a cada dia. Em termos de exercícios, não posso fazer nada, a não ser uma pequena manipulação do ombro, para que não fique muito rígido», explicou.
«Farei outro exame no dia 9 de janeiro, data em que saberemos mais sobre o ponto da lesão. Neste momento não há muito a fazer, se é que posso fazer alguma coisa… Se a reabilitação correr como planeado, não terei treinado de bicicleta durante três meses. Isso é muito. Mas não tenho escolha, devo olhar para o futuro», conclui Evenepoel.