
Em entrevista à CNN, Reinaldo Teixeira, presidente da Liga Portugal, também abordou a possibilidade de extinguir a Taça da Liga, afirmando que "o quadro competitivo está a ser analisado". Além disso, o líder do organismo que gere as competições profissionais realçou que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) teve "abertura para ajudar" a fechar o dossiê da centralização dos direitos audiovisuais.
Como pensa aumentar o bolo da centralização dos direitos audiovisuais? Vários estudos apontam para a diminuição dos clubes na 1ª Liga.
"Cabe-nos a nós, tal como assumi, ouvir as várias sociedades desportivas. A centralização e a nível de conteúdos. A nível de produto, ou seja, o quadro competitivo que queremos e a Europa, onde queremos ter as equipas descansadas e em boa forma. Há várias formas e várias sugestões de muitos clubes, já ouvimos alguns e vamos ouvir todos e apresentar uma sugestão. Não sei se é preciso ter os mesmos, mais ou menos, mas há várias opiniões. O quadro competitivo e a Taça da Liga está a ser analisada e, no início do campeonato, outubro e novembro, iremos conversar com as sociedades desportivas."
Há a possibilidade da extinção da Taça da Liga?
"Vamos analisar a Taça da Liga. Tem mais dois anos de compromisso. Nessa análise, tudo será posto em causa."
A Liga Francesa apresentou-nos, nos últimos 25 anos, oito campeões diferentes. É possível termos uma realidade não tão submetida ao domínio de três clubes?
"O que se está a ver é isso, a centralização cria às sociedades desportivas mais condições para poder competir com os adversários, mas temos que reconhecer o peso das sociedades. Dos adeptos, dos espectadores e o que importa no negócio. É justo reconhecer que as sociedades têm de ter adversários para jogar. A competitividade dos adversários também beneficia as sociedades desportivas na Europa. É essa a disputa contante. Ainda seremos vivos? Penso que sim (risos)."
O que apanhou da antiga administração que pudesse utilizar para desenvolver a centralização dos direitos audiovisuais? Foi feito algum trabalho no panorama internacional?
"É uma alegria ver as pessoas de alguns locais trabalharem com uma motivação enorme. Os custos da casa nova, uma casa que dignifica a Liga Portugal: temos o edifício para melhorar. Muitos estudos na centralização, o que nos interessa é o valor do mercado e qual será a distribuição e estes ajustes têm de ser feitos. Que tipo de conteúdos querem e que tipo de lotes querem ter. Temos até junho de 2026 para termos o dossiê aprovado pelas sociedades e apresentar com a concorrência. Houve trabalho e houve estudos. Clubes com um comportamento diferente? O que sinto é que está arrolado os 90 minutos e vamos criar as estruturas. Todos os operadores tiveram motivação para comprar o produto e a FPF também teve abertura para ajudar. Não vai ser por falta de coragem que não haveremos de apresentar o projeto."