Tadej Pogacar venceu a primeira corrida com a camisola de arco-íris. Mais um triunfo após outra exibição a solo do novo campeão do mundo, este sábado, no Giro dell’Emilia – Volta a Emília, a primeira da semana de clássicas italianas que culminará na Volta a Lombardia, no dia 13.

Ao seu estilo decidido e implacável, o esloveno atacou a 38 quilómetros da chegada, logo na primeira de cinco ascensões à determinante Côte de San Luca (2,1 km a 9,6%), no circuito final da prova de 215,3 quilómetros com final no cume daquela subida nos arredores de Bolonha, e nenhum adversário o viu mais até à meta, onde a cada passagem aumentou o avanço, que no final se fixou em 1.54 minutos.

Àquela distância de Pogacar ficou o britânico Tom Pidcock (Ineos Grenadiers), na segunda posição, após ter batido ao sprint o italiano David Piganzoli (Polti), inesperado terceiro posicionado à frente do canadiano Michael Woods (Israel-Premier Tech).

«Na primeira corrida com esta camisola tinha de provar que era o melhor»

«Missão cumprida. Estou muito feliz por ganhar com a camisola arco-íris. Tenho de admitir que me senti muito bem em toda a corrida», começou por declarar Tadej Pogacar após estrear-se a vencer com as novas cores. «Os primeiros dias depois do Mundial passaram-se bem, mas quando cheguei aqui [Itália] recebi o novo equipamento, esta camisola, e comecei a sentir um pouco de pressão. Na primeira corrida como campeão do mundo tive de provar que era o melhor. Estava pressionado para fazer uma boa prestação, mas correu-me bem», afirmou o sucessor do seu compatriota Primoz Roglic (Red Bull-Bora-hansgrohe) no historial dos vencedores da prova.

Este último, que a par de Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step), eram os principais opositores previstos de Tadej Pogacar, desiludiram, ambos desistindo da corrida já dentro do circuito final, e após o belga de ter aberto as hostilidades no pelotão com um ataque no início da primeira subida a San Luca. Todavia, a única coisa que o campeão olímpico conseguiu foi provocar a contraofensiva, irresistível, do campeão mundial.

A maior concorrência a Pogacar veio do alemão Florian Lipowitz (Red Bull-BORA-hansgrohe), que rolou mais de quatro voltas isolado, em perseguição ao portador da camisola arco-íris, embora sempre a perder tempo (a uma média de mais de 30 segundos por volta), acabando por pagar o esforço despendido, tendo sido alcançado e ultrapassado já na última subida pelo grupo que seguia no seu encalço.