
Petit acaba contrato com o Rio Ave no final desta época, mas não se mostra preocupado relativamente ao seu futuro, até porque, como o próprio faz questão de lembrar, tem trabalhado sempre ao longo da sua carreira de treinador.
Na conferência de imprensa de antevisão do jogo frente ao Nacional, o técnico, de 48 anos, preferiu concentrar baterias na sua equipa e no objetivo de conquistar uma vitória, tentando fazer, assim, melhor classificação e pontuação do que na temporada passada, em que os vila-condenses acabaram o campeonato com 37 pontos, no 11.º lugar. Agora, ocupam a 10.ª posição, com 36 pontos, com duas jornadas por realizar.
O que se pode esperar da equipa do Rio Ave para este jogo frente ao Nacional?
Vamos ter um Rio Ave com a mesma ambição do último jogo, ainda temos objetivos a cumprir, passa por fazermos um bom jogo, sabemos que do outro lado também var estar uma equipam com qualidade, que está a fazer um bom campeonato, os seus objetivos estão cumpridos, e nós à procura desse nosso objetivo, que é fazer melhor do que na época passada, terminarmos bem e é com esse intuito e essa ambição que vamos amanhã defrontar o Nacional e trabalhar para conseguirmos conquistar os três pontos.
Com a permanência conseguida, como é que se motiva os jogadores nesta fase do campeonato?
Temos de estar sempre motivados para aquilo que fazemos, porque é a nossa profissão, é aquilo que mais gostamos de fazer, sabendo que ainda faltam dois jogos, temos a responsabilidade de querermos fazer melhor do que na época passada, acabar bem a temporada, deixar uma boa imagem, respeitar sempre os nossos adeptos que se vão deslocar à Madeira e desfrutarmos do jogo, mas com responsabilidade, porque esse objetivo está na mente de toda a gente, foi essa a mensagem que passámos nestes três dias e preparámo-nos para amanhã, que vai ser um jogo difícil, mas queremos muito chegar aos 39 pontos.
Se o Rio Ave ficar em 10.º lugar faz a melhor classificação das últimas cinco épocas. É um objetivo?
O objetivo é esse, se pudermos ficar em 9.º ou em 10.º lugar, vamos trabalhar para que isso aconteça, há seis pontos em jogo, temos neste momento 36, queremos chegar aos 39 pontos, na época passada acabaram com 37 pontos, em 11.º lugar, há duas temporadas conseguiram 40 pontos, por isso temos sempre essa ambição, o clube também tem essa ambição, nós queremos incutir essa mentalidade nos jogadores, porque se conseguirmos subir mais na tabela classificativa é bom para toda a gente, porque a última imagem é que a fica, daí que sejam objetivos que queremos conseguir.
Tiknaz é notícia na Turquia. Como tem visto a evolução do jogador e qual o grau de influência de Petit?
O Tiknaz é um jogador dentro de outros que temos aqui, que os trabalhámos também em termos individuais naquilo que são as suas posições. Joguei naquela posição, uma posição fulcral, é um lugar específico, onde dá muito equilíbrio, tantos em termos defensivos como ofensivos, é um miúdo que evoluiu com o decorrer dos jogos, dos trabalhos que fez individuais ao longo da época e vê-se a margem de progressão que ele tem tido. É um miúdo novo, alto, forte, já a conseguir jogar muito mais para a frente do que acontecia quando chegámos cá, a rodar o pescoço, a comunicar muitas vezes, o que é importante em campo, o saber quando está no processo ofensivo a posição e o espaço que deve ocupar, porque o médio-defensivo é mais um tampão, é um jogador que dá equilíbrio defensivo e ofensivo, é um miúdo que tem muita qualidade, com 20 anos, com aquele 'cabedal' e com a qualidade que tem poderá ser importante no Rio Ave para o futuro.
Já se começam a construir alicerces para a próxima época? Preparar a equipa?
Isso não sei. Depois do último jogo logo se verá, o que me compete e aquilo a que me propus quando cheguei cá era tentar valorizar os ativos do clube, sabíamos que vínhamos para um projeto diferente, com muita juventude, o plantel mais jovem da 1.ª Liga, onde tinha que haver uma evolução muito grande desses jogadores, jogadores que saíram no mercado de janeiro que já tinham três anos de clube, que eram experientes, houve a entrada de alguns jovens para reforçar a equipa, fomos trabalhando, fomos fazendo evoluir esses jogadores, são jogadores que têm muita qualidade, mas não é numa época que os jogadores têm esse conhecimento do modelo de jogo, da ideia de jogo, demora sempre o seu tempo, porque são várias nacionalidades, muitos miúdos novos, pensamentos diferentes, culturas diferentes, e neste momento estão mais conhecedores e sabem qual é a ideia de jogo, conhecem-se muito melhor agora, se conseguir ficar com 80 ou 90 por cento para a próxima época é normal que a equipa possa evoluir ainda mais.
O futuro do Rio Ave está definido para a próxima época, com a permanência. E o futuro de Petit?
O meu futuro é treinar agora, entrar no avião para a Madeira com o pensamento nos três pontos. Isso não é o mais importante. Graças a Deus tenho trabalhado ao longo destes últimos oito ou nove anos que sou treinador, na última jornada ou depois de o campeonato acabar logo se verá. Estou tranquilo.