
O Nacional conseguiu a sua primeira vitória (2-0) na Liga Portugal Betclic, frente ao Casa Pia, em Rio Maior. Esta semana, os pupilos de Tiago Margarido vão aproveitar a ausência de jogos oficiais para os compromissos das seleções para afinar a estratégia coletiva, face à entrada de 16 novos jogadores no plantel em relação à temporada passada.
Paulinho Bóia é um dos titulares absolutos na equipa alvinegra, embora não sendo totalista em termos de minutos de jogo, pois contabiliza 334 minutos, contra os 360 minutos de João Aurélio e Lucas França. Esta temporada, Bóia já fez gosto ao pé, apontando um dos golos da vitória conseguida frente aos casapianos. No entender deste futebolista, a paragem para os jogos da seleção, não vem na altura ideal.
"Sem dúvida que gostaríamos de continuar a jogar, logo após a obtenção da primeira vitória fora, que foi muito importante para a nossa equipa e a confiança está lá em cima. Nestes dias, como o treinador falou connosco, vamos ter tempo para trabalhar e implementar mais ainda o estilo de jogo que ele quer para a nossa equipa. Vamos ter dois dias de folga para relaxar a cabeça e voltar na próxima semana e com o foco a 100 por cento no próximo jogo que vai ser uma partida muito difícil", explicou.
Grande ambição contra o FC Porto
Na próxima jornada, os nacionalistas vão até ao Estádio do Dragão, tentando travar um FC Porto que soma por vitórias as quatro partidas disputadas. "Todos os jogos são encarados da mesma forma, mas logicamente que frente a equipas como o FC Porto, temos de olhar com um pouco mais de diferença, pois eles têm jogadores com uma grande qualidade e temos de estar mais concentrados no jogo. Vamos dar o nosso melhor, tentando obter um resultado positivo para a nossa equipa", atirou.
O brasileiro de 27 anos, que na temporada passada chegou à Madeira no mercado de inverno, tendo disputado 15 jogos e marcado um golo, acredita que as partidas frente aos grandes são um motivo de valorização: "O míster costuma dizer que nós temos de nos valorizar em cada jogo que disputamos no campeonato e estes são os jogos em que está toda a gente a ver e a querer ver este tipo de jogos, é onde nós temos de mostrar o nosso valor. Queremos fazer um bom jogo e estar concentrados ao máximo para que possamos fazer o nosso melhor."
Quanto à equipa portista agora liderada pelo técnico Francesco Farioli, o avançado reconhece que está mais forte: "Tem muitos jogadores novos com uma grande ambição, a querer fazer o seu melhor. Estão bem diferentes da época passada e pela campanha que estão a fazer, os adeptos esperam sempre que estejam à frente na luta pelos primeiros lugares na classificação. Este ano estão a demonstrar que não vão facilitar na luta pelo título. Neste início de campeonato, vê-se que a luta entre os clubes grandes está mais equilibrada e os jogos entre eles poderão decidir quem será campeão. Não é o nosso campeonato, temos de olhar para o nosso e queremos ir ao Porto para fazer um bom resultado".
"O nosso campeonato é ganhar o máximo de pontos possíveis para nos valorizar mais ainda e garantir a manutenção", sublinhou. Nesse sentido, a primeira vitória alcançada foi importante. "Acho que foi normal a nossa primeira vitória, apesar de termos muitos jogadores novos, mas o mais importante também é que vínhamos de dois jogos a jogar com menos um jogador e isso dificulta um pouco mais o nosso trabalho. Tínhamos feito bons jogos e sabíamos que a vitória iria aparecer. Neste jogo com o Casa Pia, estivemos bem concentrados, primeiro para não perdermos um jogador e podermos jogar 11 contra 11, para depois fazermos o nosso trabalho bem feito", afirmou.
«A minha família está feliz na Madeira»
Neste segundo ano de contrato, o avançado diz-se feliz com a opção que tomou no rumo da sua carreira. "Acho que o treinador já me conhece, como eu também já conheço as suas ideias, acho que facilitou um pouco este meu começo de temporada, mas não posso baixar no meu trabalho e vou dar mais ainda. Vou continuar a trabalhar para que possa jogar o máximo de jogos possíveis durante o campeonato. Estou feliz aqui, a minha família está feliz na Madeira, nós amamos a ilha e o clube, pois toda a gente nos trata super bem e isso facilita um pouco. Quero continuar a trabalhar de forma feliz para que as coisas aconteçam da melhor forma possível", revelou.
Por último, admitiu que o entendimento com Chuchu Ramírez e Witi está a melhorar: "São jogadores que chegaram este ano e que não os conhecia, enquanto eles já se conhecem bem pois jogaram juntos e fizeram uma grande época aqui no Nacional. Estamos a entrosarmo-nos e a entendermo-nos cada vez melhor e estas pausas do campeonato podem servir para aprimorar mais esse entendimento."