Duas semanas após se ter visto envolvido numa investigação relacionada com importação de cocaína da América do Sul para a Europa, através do porto de Antuérpia, e à sua redistribuição na Bélgica, Radja Nainggolan comentou a situação. 

«Estive quatro horas a ser interrogado. Quando queriam apresentar-me ao juiz de instrução, já eram seis da tarde, por isso disseram-me que tinha de passar a noite nos calabouços», recordou numa entrevista à publicação belga Het Laatste Nieuws, acrescentando uma pitada de ironia. 

«Parecia que tinham detido o Pablo Escobar, apesar de eu não estar relacionado com os casos de droga em que o meu amigo estava metido. Não me fizeram uma única pergunta sobre droga, apenas queriam saber que tipo de relação eu tinha com a pessoa em causa», relata. 

O médio internacional belga que, entre outros, representou a Roma e o Inter Milão, tinha assinado poucos dias antes da detenção pelo Lokeren-Temse, clube da 2.ª divisão belga, mas teve de passar mesmo a noite detido, e saiu na manhã seguinte diretamente para o treino, mas reconhece ter ficado marcado por aquela experiência. 

«A prisão é uma experiência muito estranha que não gostaria de voltar a viver. Apresentaram-me como narcotraficante», lamenta.