
O Werder Bremer está a organizar uma festa de homenagem ao seu antigo jogador Diego Ribas (ex-FC Porto), que irá acontecer sábado, 22 de março, mas surpreendeu ao deixar de fora da lista de convidados outra lenda do clube: Mesut Özil. O antigo internacional alemão coincidiu com a passagem do brasileiro pela equipa, entre 2007 e 2009, no entanto não parece ter deixado saudades, sobretudo pelas suas tomadas de posição fora do campo.
Questionado pelo jornal alemão 'Bild', um porta-voz do Werder revelou que o ex-médio ofensivo não estará presente na cerimónia por motivos políticos: "Acordámos com o Diego não convidar o Mesut porque as suas últimas ações não representam os valores do clube."
Recorde-se que o germânico com ascendência turca foi notícia recentemente por se ter juntado ao partido de Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, que é conotado com uma ideologia autoritária, sendo acusado pela oposição de ter transformado o país numa autocracia. Dois anos depois de ter pendurado as chuteiras no Basaksehir, foi nomeado para o Conselho Central de Decisão e Gestão do Partido de Desenvolvimento e Justiça (AKP). Além disso, o ex-jogador é também próximo da organização ultra-nacionalista 'Lobos Cinzentos', tendo até uma tatuagem no corpo referente a esse movimento político.
Além de Özil, também Tim Wiese, histórico guarda-redes do Werder Bremen, pelo qual cumpriu sete temporadas (entre 2005 e 2012) e realizou 267 partidas, foi excluído do tributo a Diego. Desta feita, o antigo guardião de 43 anos manifestou o seu apoio à extrema-direita alemã e chegou a estar proibido de entrar no estádio no clube, entre 2021 e 2023, depois de se ter envolvido numa luta com um segurança do campo. Além disso, durante um encontro, a claque de Bremen chegou a erguer uma tarja com a mensagem: "Qualquer pessoa que se relacione com nazis, não tem lugar no Weserstadion".