João Neves é um dos mais excitantes talentos jovens portugueses. Cada vez mais confiante no Paris Saint Germain, o médio deu uma entrevista à Onze Mundial em que falou sobre a carreira, com destaque para a afirmação em tenra idade no Benfica.
«Essa transição aconteceu com o Mundial de 2022, que foi no final do ano, em novembro e dezembro, a meio da temporada. O Benfica tinha muitos jogadores ausentes no plantel, por isso o treinador precisava de alguns jogadores para treinar. Estava na equipa B e o treinador disse-me: “João, amanhã vais treinar com a equipa principal.”», descreveu sobre a chegada à equipa principal dos encarnados.
«Fiz um treino excelente e os jogadores presentes ajudaram-me imenso. Estava muito nervoso, claro, mas consegui relaxar e fazer o meu trabalho», acrescentou.
No verão de 2023, o internacional luso rumou ao Paris Saint Germain por 60 milhões de euros, uma mudança que não foi uma total surpresa.
«Na altura, não esperava sair do clube, mas conhecia as necessidades do Benfica e sabia que talvez fosse uma opção sair. Dada a proposta do PSG, como me falaram do clube, o que me disseram, o que este clube representa, a sua essência, acho que vejo muito do PSG em mim. É um clube que quer apostar nos jovens, que quer apostar no futebol bonito. É importante como ganhamos, como jogamos com a bola. Penso que a ideologia deste clube é perfeita para mim»
«O valor? Sou tão jovem que não faço ideia do que é o dinheiro e da sua importância. Acho que isso é uma vantagem. Por vezes, os meus amigos dizem que valho 60 milhões, e eu pergunto-me: como é possível? É um pouco difícil de assimilar, mas não me preocupo com isso, porque, como já disse, digo sempre e continuarei a dizer: se der o meu melhor, posso valer mais, posso valer menos. No futebol, todos sabem que o que é verdade hoje pode ser mentira amanhã», afirmou.
Sobre a Liga Francesa, João Neves mostrou-se elogioso com a qualidade da competição, que aponta como superior ao campeonato português.
«Acho que o nível aqui é mais elevado do que em Portugal, as equipas do meio e da parte inferior da tabela são mais homogéneas, mais competitivas e mais fortes, o jogo é mais intenso, mais rápido e mais agressivo. Os estádios aqui são muito melhores. Em Portugal, apesar de os estádios serem aceitáveis, as bancadas estão muito próximas, o relvado não está em boas condições e os balneários não são tão limpos. Aqui em França, todas as equipas conseguem jogar bom futebol», revelou.