Não houve milagres para Kévin Vauquelin na oitava e última etapa da Volta à Suíça. O francês, que liderava a classificação geral à partida para a crono-escalada final, não conseguiu segurar João Almeida, vencedor da jornada e da geral.  

Segundo classificado na corrida helvética, ainda um bom resultado, o francês de 24 anos referiu-se aos problemas financeiros que a equipa Arkéa-B&B Hotels enfrenta.  

«Estou obviamente desapontado, tinha muitas expectativas. As minhas pernas estavam um pouco estranhas hoje, acho que foram muitas emoções em pouco tempo, tentei dar o meu melhor, mas senti que me faltava aquele bocadinho de coragem que tive ontem [7.ª etapa], quando o João [Almeida] tentou fazer-me explodir na subida. Ainda é um trabalho que preciso de fazer, num contrarrelógio individual normal temos a velocidade que nos motiva, que nos impulsiona, mas em subida, não. Senti que me faltava watts [potência muscular]. Acabei de ver que estou em segundo na classificação geral, cheguei a pensar que cair do pódio (risos)», afirmou Vauquelin. 

 «Não vamos mentir a nós próprios. Defrontar equipas como a UAE Emirates não é a mesma coisa. O João tem outros meios que eu não tenho. Esta é uma oportunidade para dizer que esta semana não tivemos um cozinheiro, tivemos muito menos recursos. Porquê? Porque estamos numa situação financeira complicada. Espero que este resultado para a equipa possa trazer patrocinadores. Se tivermos de nos comparar com as grandes equipas e os grandes orçamentos, é muito complicado», declarou o francês.