Na primeira jornada do grupo F do Mundial de Clubes, Fluminense e Dortmund empataram a zero, muito por causa de uma grande exibição de Gregor Kobel.

Foi ao minuto 58 do duelo entre Fluminense e Dortmund que ficou o espelho de toda a partida. Um passe por alto encontrou Anton subido e permitiu a Everaldo ganhar a frente mas, em vez de ir para a baliza, temporizou, esperou pela aproximação de Canobbio, ofereceu ao extremo e este, de primeira e já com Bensebaini a pressionar, rematou para a defesa de Kobel.

É um lance que tem os três elementos que descrevem este encontro. Em primeiro lugar, e muito contra o que se esperava, o domínio do Fluminense foi praticamente total. A formação brasileira dominou o meio-campo adversário mostrou-se veloz de princípio a fim — Arias, Canobbio e Serna foram um problema para os laterais de princípio a fim — e o emblema tricolor rematou 14 vezes, o dobro dos alemães. Só que, sempre que teve oportunidade de faturar, a equipa de Renato Gaúcho mostrou pouca frieza e calculismo na definição.

O segundo elemento relaciona-se com a incapacidade da equipa do Dortmund de fazer... o que quer que fosse. Julian Brandt não conseguiu ser o pilar criativo que se pedia nesta equipa, Guirassy, apesar de muito móvel, foi raramente solicitado e os laterais, que se tentaram incorporar no ataque, raramente cruzaram com qualidade. Um jogo muito pobre a nível técnico e tático da equipa de Niko Kovac, que, ainda assim, teve em Gregor Kobel, o guarda-redes, o melhor jogador em campo.

Foi graças ao guardião suíço que o Dortmund não somou, no primeiro jogo do Mundial de Clubes, a primeira derrota. Sempre interventivo, ficou atrás de uma linha defensiva que muito trabalho teve mas que, sobretudo nos momentos em que tentava explorar um bloco alto, era invariavelmente explorada. Foi, porém, ao minuto 69 que mostrou o porquê de ser decisivo: a bola sobrou para Everaldo que, na confusão após um canto, rematou para defesa de classe mundial de Kobel. Não satisfeito, Nonato ainda apareceu na recarga, mas o guarda-redes voltou a esticar-se para impedir o marcador de mexer.

A ineficácia do Fluminense, aliada à qualidade de Kobel e à falta de qualidade do Dortmund, acabaram por forçar, pela terceira vez neste Mundial de Clubes, que uma partida acabasse com 0-0 no marcador. Mas a réplica do Fluminense é de salientar uma e outra vez.

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