Com a Liberty Media na expectativa de adquirir a Dorna e a ideia de expansão nos Estados Unidos da América, já se fala da possibilidade de uma segunda ronda naquele país – como já aconteceu várias vezes no passado.
No entanto, com o calendário no seu tamanho máximo e a estratégia de agarrar espectadores, isso não terá necessariamente de acontecer. Carlos Ezpeleta, diretor desportivo da Dorna, explicou ao jornal AS:
– As pessoas falam sempre de mais corridas nos Estados Unidos, mas para nós é importante fidelizar uma base de adeptos real e fazer crescer essa base. Agora também com o máximo de 22 corridas que temos, pôr uma corrida quer dizer que temos de tirar outra, e queremos que as nossas corridas sejam o mais bem-sucedidas possível ao nível de adeptos. Então, é um equilíbrio que há que jogar para saber se nos compensa.
O espanhol prosseguiu: ‘É como o ovo e a galinha, é mais fácil crescer num mercado tendo uma corrida ou várias corridas, mas precisas também que o mercado esteja maduro para poder abrir mão de qualquer outra corrida [das existentes]. Esse é o mercado com o qual estamos a jogar’.
Posto isto, Ezpeleta salientou que há convicção no potencial de crescimento do MotoGP nos EUA: ‘Temos um desporto bastante apto ou bem dirigido para um público americano porque é curto, fácil de entender, há bastante ação, bastantes opções e não é previsível. Tudo isso são valores que temos também com a corrida Sprint, e acreditamos que temos muitas possibilidades e muita potência para crescer nos Estados Unidos’.