
O mercado internacional de transferências atingiu valores recorde na janela de verão finda, com o investimento no futebol masculino a rondar os 8,4 mil milhões de euros e o feminino a crescer mais de 80%, anunciou esta quarta-feira a FIFA.
De acordo com os dados divulgados pelo organismo que gere o futebol mundial, o futebol masculino totalizou cerca de 8,38 mil milhões de euros em investimentos de contratações, um aumento superior a 50% face ao mesmo período de 2024.
Essa evolução tem igualmente paralelo no número de transferências, perto de atingir as 12.000.
A janela de transferências analisada decorreu entre 1 de junho e 2 de setembro, incluindo ainda o período especial de 1 a 10 de junho, implementado devido ao campeonato do Mundo de clubes da FIFA, que decorreu nos Estados Unidos, e que contou com o Benfica e o FC Porto.
A Inglaterra consolidou a sua tradicional posição de maior investidor, tornando-se o primeiro país a superar a fasquia dos 2,5 mil milhões de euros numa só janela de transferências, rondando os 2,58.
Portugal destaca-se como o segundo país que mais contratações fez, atrás da Inglaterra, num pódio que fica completo pelo Brasil.
Já no setor feminino, os valores em causa são, naturalmente, imensamente inferiores, ainda assim a atingir os 10,55 milhões de euros, segundo a FIFA um aumento de "mais de 80%".
A este valor correspondem mais de 1.100 transferências, também um número recorde, sendo a Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos os mercados mais ativos, com o norte-americano a rondar os 3,5 milhões de euros.
"Observámos um mercado de transferências em plena ebulição, tanto no futebol masculino como no feminino. É um desenvolvimento relevante no futebol masculino, a um ano do Mundial2026, mas os números crescentes nas transferências de futebol feminino são igualmente notáveis, pois confirmam o seu crescimento exponencial a nível de clubes", analisou o Diretor Jurídico e de Conformidade da FIFA, Emilio Garcia Silvero.
Enquanto o futebol masculino apresenta níveis de atividade e investimento sem precedentes, o feminino continua a consolidar o seu crescimento sustentado numa crescente profissionalização.