A espanhola Cristina Martín-Prieto não tem dúvidas de que a escolha pelo Benfica foi acertada. "O balanço é muito bom. Surpreendeu-me agradavelmente todo o conjunto de coisas que encontrei. Ainda continuo a estar espantada", disse em entrevista ao Jornal 'O Benfica' a avançada de 31 anos, que já apontou 14 golos em 17 jogos e está a quatro do seu máximo, os 18 que apontou na época passada pelo Sevilha.
Martín-Prieto é clara: "Vir para o Benfica foi uma decisão acertada. Estou muito feliz por estar aqui, por conhecer cada vez mais a história do Benfica, por conhecer um pouco mais Lisboa e não me arrependo de ter tomado esta opção", disse, notando: "No princípio custou-me porque não queria sair de casa, mas depois tornou-se muito fácil. Quando vi isto, todo o trato que aqui tive, inclusivamente uns dias antes de vir, quer pelo staff técnico e também da parte do presidente, foi um gosto ter vindo".
Jogar a Liga dos Campeões foi um dos motivos que a levou a mudar de ares, bem como a sede de vitória dos encarnados. "Adaptei-me ou tentei adaptar-me o mais rápido possível. E também somos um clube que qualquer equipa quer vencer. Por isso, muitas vezes, as equipas adotam uma postura defensiva, recuada, e isso causa-me incómodo, porque vinha de um modelo de jogo diferente. É muito diferente", referiu, considerando sobre a Liga BPI: "Creio que [a competitividade] é algo que está a aumentar. Na verdade, há um par de equipas que é superior, mas penso que depois, a partir do 3.º ou do 4.º classificado, qualquer equipa pode medir forças com outra sem problemas. Também acho que não falta muito para que esta Liga possa continuar a crescer ainda mais."
A perspetiva de jogar na Luz, contra o Sporting, deixa-a radiante. "Quando nos foi comunicado que jogaríamos no Estádio da Luz, fiquei um pouco nervosa, pois no meu primeiro ano no clube já poder pisar o relvado do estádio é como… Uff, é ter tudo! Fiquei um pouco nervosa, como outras companheiras. Algumas voltarão a jogar no estádio, vão reviver momentos, porque, se me recordo, já jogaram por um título no estádio. Revivi esse momento das minhas companheiras, elas transmitiram-me isso, e transmitiram-me aquele nervosismo, mas positivo. Quero que chegue já o dia 1 de fevereiro para poder jogar essa partida. E marcar seria a cereja no topo do bolo", assinalou.
Martín-Prieto foi chamada pela primeira vez à seleção espanhola, que enfrenta Portugal em abril para a Liga das Nações. Motivo para conversas de balneário com as colegas portuguesas. "Já tivemos algumas trocas de ideias, mas como será em abril... Por enquanto, estamos a dar-nos bem [risos]. Vamos ver quanto tempo aguentamos [risos]...", finalizou.