Luís Freire já passou pela sala de imprensa da Academia do V. Guimarães para abordar o jogo com o Famalicão, que se realiza este sábado, pelas 20h30, em Famalicão. A partida diz respeito à 21.ª jornada.
A vitória frente ao AVS SAD capacitou mais a equipa para o jogo com o Famalicão? "Sim. Claramente que trabalhar sobre as vitórias é melhor, apesar de eu já ter sentido antes mesmo deste jogo que a equipa estava a responder bem durante a semana, que estávamos com a mentalidade certa, com a energia certa também. Agora com a vitória por trás, com uma exibição que também foi consistente, em que não sofremos golos, é sempre diferente. Trabalhamos muito já sobre o jogo também que íamos ter, mas também focados naquilo que é a evolução da equipa. Estamos num processo de receber alguns jogadores, cada vez conhecemos melhor a equipa. Acabamos por sentir que estamos a evoluir a nossa ideia, o nosso processo, isso pode ser cada vez mais decisivo daqui para a frente. Aquilo que é a qualidade dos jogadores ficou evidente no último jogo também, quando eles se soltam, quando estão com a energia certa, quando estão focados, quando estão com a mentalidade certa, somos uma equipa muito forte. Portanto, essas sensações mantêm-se e foram melhoradas até com a vitória".
Este adversário vem de uma vitória no Bessa. É o pior momento para defrontar o Famalicão? "Isso para nós é um bocadinho indiferente, nós temos a nossa sequência também, vimos de uma vitória, uma boa exibição, uma boa capacidade de ser dominadores sobre o adversário, de merecer ganhar o jogo. O adversário vem de uma vitória, esteve muitos jogos sem ganhar, em casa já não ganhava também há muito tempo, portanto, isso são as contas deles. O que me interessa é olhar para a minha equipa, sentir as sensações da minha equipa, olhar para a nossa ideia, olhar para o nosso jogo, olhar para aquilo que nós queremos fazer. Eu sei bem o que é que quero para o jogo, eu sei bem que a mentalidade que temos de ter no jogo, e eles vão saber também. Vamos falar para termos a mentalidade certa em Famalicão".
A renovação do contrato de Tomás Händel… "O Tomás é um dos capitães de equipa, é um jogador que ama o clube, adora o clube, nasceu cá. Esteve sempre focado naquilo que são os objetivos da equipa, tenta ao máximo ajudar a equipa em todos os momentos. A renovação é mais um capítulo dentro do Vitória, acaba por sempre dar alegria a toda a gente, não só a ele, mas a todos os colegas e a toda a gente que está cá".
Que plantel tem depois do fecho do mercado? "Para mim são todos reforços, porque nem sequer tive a oportunidade de trabalhar com os jogadores que saíram. Todos os que vieram, vieram ajudar, acrescentar, com uma boa energia, que eles trouxeram também, com muita vontade de representar o Vitória, com muita vontade de ajudar-nos. A verdade é que o grupo está mais forte. Na minha visão, temos um plantel equilibrado, com boas opções, jogadores com diferentes características em várias posições, um plantel não muito extenso, um plantel com essa competitividade, mas também de gestão fácil, na perspetiva de haver uma competitividade saudável, e não haver uma sobreposição de jogadores numa posição. Temos todas as garantias para sermos extremamente competitivos e para lutar pelos objetivos que nós queremos, tanto no campeonato como na Liga Conferência, porque vejo muita vontade, muita vontade de quem chegou, muita vontade dos jogadores todos de responderem bem. Vejo o grupo cada vez mais focado, mais determinado em conseguir as coisas que queremos conquistar".
Já pode revelar quais as três escolhas para fortalecer o plantel na Liga Conferência? "Os jogadores já sabem, depois saberão pelas vias da UEFA. Estamos a falar do campeonato".
O que é que o Vitória pode aproveitar do Famalicão para procurar um resultado positivo? "Não posso revelar tudo o que vamos fazer, mas há sempre pontos estratégicos para o jogo. O Famalicão é uma equipa que gosta de ter a bola, teve 75% contra o Santa Clara, 71% contra o Estrela da Amadora, portanto, em casa é uma equipa que normalmente gosta de ter a bola. Não quer dizer que com isso depois consiga os resultados que pretende e consiga tudo aquilo que quer. Nós somos uma equipa que também quer ter bola, uma equipa que consiga assumir o seu jogo, isso cada vez mais é um objetivo nosso. Queremos assumir o nosso jogo em qualquer campo, temos de estar focados em nós, principalmente focados em nós, com a energia certa. O Famalicão é uma boa equipa, joga em 4x3x3, joga normalmente com um 6, um 8 e um 10, mais projetados no meio campo, dois extremos bem abertos. É uma equipa que gosta de ter a bola, gosta de pressionar, estamos identificados, mas mais do que valorizar ou desvalorizar o adversário, interessa-me muito o que é que vamos fazer amanhã. Estamos num processo em que temos de crescer e temos de ter esse foco muito em nós, respeitando o adversário, como é lógico, mas muito focados no que temos nós para fazer, para conseguir ganhar outras vez".
O Vitória está a completar uma volta sem vencer fora de portas. Como treinador, o Luís Freire não vence fora desde 2023. Isso serve de motivação? "Eu penso que não. O que me interessa a mim é voltar às vitórias, porque voltamos às vitórias no último fim de semana e eu quero é voltar às vitórias todos os fins de semana. Isso está para trás, e o que está para a frente é o mais importante. Vamos focar-nos naquilo que nós temos que fazer amanhã para voltar a vencer. Em casa ou fora, a mentalidade vai ser a mesma e queremos que seja a mesma".
O que é que o Beni pode acrescentar à equipa? "O Beni é um jogador que fisicamente acaba por dar uma dimensão também um bocadinho diferente na perspetiva de ser um jogador físico, atlético, com intensidade, forte nos duelos, agressivo, e depois tem boa construção de jogo, que nos importa e nos interessa aqui também no Vitória. É um jovem que tem vindo a progredir no campeonato e tem vindo a mostrar que quanto maior o desafio, melhor é a sua afirmação. Pode-nos ajudar bastante até ao final, nós precisamos de opções, precisamos de competitividade nas posições, precisamos de ter um plantel mais equilibrado, com diferentes características. O Beni, nesse aspeto, é um bocadinho diferente dos médios que nós tínhamos, então vamos ficar com outras opções também na perspetiva de dar essa possibilidade ao treinador de explorar essas características".