Hoje em dia as equipas satélite são muito diferentes do que eram, em grande parte, há alguns anos e muitas recebem mesmo motos de fábrica perfeitamente atualizadas e são apoiadas de perto pelas fabricantes. A Pramac Racing, que venceu o Mundial em 2024 com Jorge Martín é exemplo disso, algo que Lucio Cecchinello viu com agrado, abordando a razão pela qual hoje o acompanhamento é diferente.

O chefe da LCR, equipa satélite da Honda, foi questionado pelo GPOne sobre como viu a Pramac, com Martín, a vencer em 2024, e se isso é bom para o próprio ambiente dentro do paddock, uma vez que uma satélite acabou por vencer o título e não uma equipa de fábrica, o que mereceu a seguinte resposta: ‘Parece extremamente bom do ponto de vista de uma equipa satélite’.

E justificou depois por que razão hoje isso acaba por ser, em parte, mais propício de acontecer uma vez que para melhorarem, cada vez mais as fabricantes se apoiam nas equipas satélite: ‘É óbvio que do exterior pode parecer um pouco estranho, mas hoje em dia desencadeou-se um sistema de trabalho tal que as tecnologias a aplicar são tão exasperadas e difíceis de compreender e selecionar, que uma equipa com dois pilotos de fábrica não consegue sozinha levar a cabo o desenvolvimento necessário para melhorar. Então, as equipas de fábrica, perceberam que têm de fazer uso das equipas satélite e fornecer-lhes o mesmo material, para recolher mais dados, ter informações mais precisas, e não arriscar ir pelo caminho errado’.

A Ducati chegou a ter oito pilotos na grelha e com metade destes a terem material de fábrica, com isso a ser essencial para o sucesso, acredita:

– O facto de a Ducati se ter tornado tão competitiva, penso que também se deve ao facto de terem trabalhado com tantas equipas e tantos pilotos, recolhendo muitos dados. E portanto, encontraram-se numa situação estranha.