Kökçü não escondeu o entusiasmo com a aproximação do Mundial de Clubes. Em declarações à DAZN, o médio do Benfica realça que é neste tipo de ambiente que mais gosta de jogar.

"Estou muito ansioso por este Mundial de Clubes, porque gosto de jogar com bom ambiente e num torneio com futebol de alto nível. É preciso também ter adeptos para o conseguir, por isso é muito bom jogar num ambiente assim. E jogar em Miami também é uma coisa boa, acho eu. Para podermos ver mais do mundo do que vemos agora", disse o internacional turco, olhando depois para o embate de estreia, frente ao Boca Juniors, marcado para dia 16.

"É diferente para nós, porque também temos clubes da América do Sul e sabemos que os adeptos lá são apaixonados por futebol. Também jogamos frente ao Boca Juniors, por isso é um bom jogo, um clube com muitos adeptos, tal como nós. Vai ser um bom ambiente, penso eu, e estamos ansiosos por isso", admitiu, virando o foco para o Benfica. "Somos um grande clube, com uma história rica e por isso merecemos estar lá e, além disso, todos podem ter a certeza de que vamos mostrar que somos um grande clube e que jogamos bom futebol. Vamos mostrar isso e esperamos dar um pouco de alegria aos adeptos", referiu.

Sobre a conexão com Aursnes e Pavlidis, dupla que conhece desde os tempos do Feyenoord - jogou com o primeiro e foi adversário do avançado grego -, Kökçü realça que esse conhecimento traduz-se em coisas positivas dentro de campo. "Sim, joguei com o Aursnes, mas defrontei o Pavlidis. É uma coisa boa porque nos conhecemos melhor do que os outros. Por isso. Conhecemos bem as qualidades uns dos outros, por isso, é mais fácil jogar do que com jogadores de outras ligas."

Kökçü, de 24 anos, nunca se desligou das raízes turcas apesar de ter saído muito novo do seu país. "Cresci nos Países Baixos mas fui sempre criado com a cultura turca. É claro que a cultura dos Países Baixos também foi importante para me tornar na pessoa que sou hoje. Por isso, para mim foi difícil o primeiro mês em Portugal porque era uma cultura completamente nova, mas agora posso dizer que estou habituado e que me sinto em casa e estou feliz", admitiu, deixando transparecer a alegria que sente nos relvados.

"Quando se joga futebol, não se pensa no resto do mundo. Estás só concentrado no futebol e penso que em campo, quando se está a jogar, ninguém quer saber o que o outro é. Estamos apenas a jogar futebol e isso é o mais importante na vida, toda a gente é igual, ninguém é diferente. Por isso, temos de estar todos juntos e não de uma forma má", defende, acrescentando: "Nós, enquanto jogadores de futebol, somos um exemplo para a maioria das pessoas, especialmente para a geração mais jovem. É importante estarmos unidos e juntos, jogar futebol e não sermos maus uns para os outros. Se conseguirmos demonstrá-lo a geração mais jovem também o admitirá e agirá em conformidade."

O fenómeno do racismo é algo que o médio do Benfica quer ver erradicado. "Se a pessoa que enfrenta o racismo decidir deixar de jogar então todos têm de ser um e tu tens de te juntar a eles. Espero que este tipo de coisas não aconteça nos estádios e também no campo para que toda a gente se possa concentrar naquilo que faz melhor, que é jogar futebol. Espero que consigamos fazer alguma coisa para que isto acabe", sublinha.