O nome de Kevin Gameiro ainda provoca uma certa indisposição nos adeptos benfiquistas, os quais não esquecem a final da Liga Europa perdida para o Sevilha, em maio de 2014. Após o nulo no final dos 120 minutos, o troféu decidiu-se da marca dos 11 metros e foi o internacional francês a bater o penálti decisivo que selou o triunfo dos espanhóis, por 4-2.

Agora que acaba de se retirar do futebol profissional aos 37 anos - despediu-se na época passada no Estrasburgo -, o antigo avançado revelou que não pretendia assumir a responsabilidade de enfrentar Oblak naquela noite em Turim. "Eu não queria bater o penálti porque tinha o joelho morto. Quando Emery me perguntou, respondi-lhe logo que não. Ele afastou-se, falou com outros jogadores mas um minuto depois aproximou-se de mim e disse-me que eu tinha mesmo de bater um penálti", recorda o francês, em entrevista à 'Radio Marca', acrescentando: "Estava com muitas dores, depois tive problemas nesse joelho, mas foi um momento muito bom. Graças a ele [Unai Emery] marquei aquele golo."

Autor de 21 golos naquela época de 2013/14, Kevin Gameiro ironiza ao dizer que "o Sevilha não devia ter conquistado aquela Liga Europa". "Sofremos imenso em todos os jogos. Na final, por exemplo, o Benfica rematou 20 vezes à nossa baliza e nós só fizemos um remate. Contudo, tínhamos uma identidade e um ambiente magnífico", frisa o antigo avançado.

Kevin Gameiro deixou ainda rasgados elogios a Unai Emery, técnico com quem trabalhou em Sevilha. "É muito intenso, mas um grande treinador. Gostava muito dele, discutimos algumas vezes mas acabámos sempre bem. Ele ajudou-me imenso para ter sucesso no Sevilha", sublinha, acrescentando: "O futebol é mesmo assim. Às vezes ficas chateado pois queria jogar muito e o Bacca também fazia muitos golos. Foi bom para o grupo porque nós os dois marcávamos muitos golos e cada golo apontado no Sánchez-Pizjuán, com aqueles adeptos, era uma loucura."