
Depois de semanas de incerteza, Jorge Martín voltou a subir-se a uma moto. Fê-lo longe da pressão do Mundial, num ambiente descontraído mas simbólico: o Aprilia All Stars em Misano. Convidado inicialmente como espectador, o piloto madrileno não conseguiu resistir ao apelo do asfalto e acabou por subir às motos de série da marca italiana.
Foi a sua primeira vez sobre duas rodas desde a queda no Catar que o afastou após o seu regresso precisamente neste Grande Prémio e que o voltou a afastar novamente da temporada. O reencontro com as sensações foi emotivo para o espanhol, que completou cerca de vinte voltas com diferentes modelos da marca, incluindo a potente RSV4.
‘Estou bem, fisicamente sinto-me um pouco melhor e isso é o mais importante’, explicou Martín durante uma breve entrevista ao GPONE. ‘Mentalmente, estou a começar a ver alguma luz’, acrescentou com um sorriso que denotava alívio. O gesto de voltar a pilotar, ainda que fosse num evento promocional e sem pressão, foi um passo importante na sua recuperação.
‘Não estava nos meus planos subir à moto, mas cheguei aqui, vi todas as Aprilia na box e apeteceu-me. Foi um bom dia’, confessou o madrileno. O risco estava lá, como ele próprio reconheceu, mas a necessidade de se reencontrar com a pilotagem pesou mais.
‘Havia risco de queda… se tivesse acontecido, teria sido um desastre’, comentou entre risos. ‘Mas estava tranquilo.’ Esta atitude demonstra a maturidade do piloto para gerir um momento delicado da sua carreira, equilibrando a prudência necessária com a paixão pelo motociclismo.