Jonas Vingegaard afirma-se favorável à proibição, pela Agência Mundial Antidopagem, do recurso a monóxido de carbono, embora tenha admitido que a sua equipa, Visma-Lease a Bike, utilizada o processo que tem gerado controvérsia no mundo do ciclismo, e acusa outras formações de uso indevido do processo de treino que recorre a este gás.
«Algumas equipas estão a fazer um uso indevido, inalando regularmente baixas doses de monóxido de carbono, o que provoca um ganho significativo no desempenho dos seus corredores. Isso não é justo e a Agência Mundial Antidopagem deveria proibi-lo», declarou o dinamarquês.
Vingegaard segue a posição da União Ciclista Internacional (UCI), que a 12 de dezembro anunciou que queria proibir o uso do monóxido de carbono fora do «âmbito clínico» e é o primeiro corredor que admitiu essa prática a requerer a sua proibição.
Além da Visma-Lease a Bike, a equipa do duplo vencedor da Volta a França, a rival direta UAE Emirates XRG e a Israel-Premier Tech reconheceram o processo.
Vingegaard explicou com que objetivo a Visma utiliza o monóxido de carbono. «A minha equipa usa o monóxido de carbono para medir o volume sanguíneo e a massa total de hemoglobina. O monóxido de carbono é inalado pela primeira vez, antes de se realizar um curso de formação em altitude. No final do estágio, repetimos a operação para calcular a nossa capacidade máxima de absorção de oxigénio», disse o nórdico ao jornal Le Monde.