João Pinheiro foi esta quarta-feira alvo de uma homenagem por parte da Associação de Futebol de Braga devido ao facto de ter sido promovido à categoria de Elite da FIFA, o patamar mais alto da arbitragem internacional. 

"Entrei na arbitragem como um hobby, algo para me preencher, porque como jogador não era muito bom. Rapidamente se tornou uma paixão, que até aos dias de hoje continua. Chegar à categoria de elite era um sonho", referiu o árbitro, de 36 anos, que coloca agora o Mundial'2026 como o grande objetivo para os próximos tempos: "É difícil, mas é exequível. Enquanto houver esperança, vamos lutar por ele. O Mundial torna-se mais difícil do que o Europeu em virtude das vagas, porque há uma limitação de vagas a nível de árbitros de elite. Desses cerca de 30 árbitros vão cerca de 9 ou 10, por isso é uma luta difícil, mas vou lutar muito por isso."

O tributo decorreu no auditório da AF Braga e contou com a presença do presidente do Conselho de Arbitragem, Domingos Gomes, e do presidente da AF Braga, Manuel Machado, que ofereceu a João Pinheiro um troféu em forma de apito. Já o juiz ofereceu ao presidente da AF Braga a camisola que usou na final da Taça de Portugal entre o FC Porto e o SC Braga.

Na conversa com os jornalistas após a homenagem, João Pinheiro foi questionado sobre a arbitragem no recente Benfica-Barcelona, que terminou com muitas críticas por parte das águias. O árbitro, contudo, não fez grandes considerações sobre o assunto e falou que, em Portugal, a relação com os clubes está melhor do que antigamente. "É natural tentar arranjar-se um bode expiatório, por assim dizer. Não quer dizer que seja o árbitro. Eu acho que as coisas em Portugal estão muito melhores. Digo isto muito sinceramente. Acho que cada vez existe menos esse ataque ao árbitro... O que eu sinto da relação árbitro-clube, e acho que é um trabalho feito pela Federação, sinceramente, cada vez mais há mais respeito entre nós. Há muito mais esse respeito. Agora, não somos imunes à crítica, logo que a crítica seja de uma maneira respeitosa. Temos que aceitar, como qualquer profissão", referiu João Pinheiro.