
Numa reviravolta que abalou o mundo do MotoGP, Miguel Oliveira confessou a sua surpresa e frustração após perder o lugar na equipa Pramac Racing. O piloto português, de 30 anos, tinha assinado um contrato 1+1, com perspetiva de se prolongar até 2026, mas vê agora os planos desmoronarem-se.
“Assinei um contrato 1+1, mas estava preparado para sofrer em 2025”, revelou Oliveira. A declaração surgiu após a confirmação de que Jack Miller seria o escolhido para continuar na formação satélite da Yamaha, deixando o português de fora das contas e completamente surpreendido. A cláusula de performance incluída no contrato acabou por não ser cumprida, ditando este desfecho inesperado.
A verdade é que a época de Oliveira foi marcada por dificuldades desde cedo. Uma grave lesão no ombro, sofrida numa colisão com Fermin Aldeguer no GP da Argentina, obrigou-o a falhar quatro corridas. Desde o regresso, nunca conseguiu recuperar totalmente a forma: soma apenas 10 pontos em 14 rondas e não conseguiu ainda entrar no top-10.
Falando ao site oficial do MotoGP, o piloto português admitiu o impacto que sentiu: “Antes de Balaton fui informado desta decisão, e foi uma pequena surpresa. Sabíamos que 2024 seria um ano de aprendizagem, para aguentar e terminar corridas em posições menos boas. Mas depois veio a lesão e isso arruinou o plano.”
A pressão aumentou ainda mais com o anúncio inesperado da chegada de Toprak Razgatlıoğlu para a próxima temporada. “Isso interrompeu a fase em que sentia que tinha potencial para apresentar melhores resultados”, lamentou Oliveira, sublinhando o peso da decisão no seu rendimento.
As dificuldades de Miguel não se resumem à lesão. O próprio apontou também as limitações da Yamaha M1, que frequentemente não correspondeu às expectativas. “A minha situação era clara. Havia uma cláusula de performance que não foi cumprida devido à minha lesão e à inconsistência da moto. Terminar em último não é aquilo que ambiciono como piloto.”
No meio da turbulência, cresce a especulação sobre o futuro do piloto luso. Possíveis papéis como piloto de testes em MotoGP ou até uma mudança para o Mundial de Superbike em 2026 já circulam nos bastidores. Questionado sobre os próximos passos, Oliveira mostrou-se cauteloso mas esperançoso: “O futuro está completamente em aberto para mim neste momento. Estou ansioso pelo que aí vem, mas agora é só um turbilhão de pensamentos.”
Com a carreira em MotoGP em suspenso, os próximos movimentos de Miguel Oliveira serão decisivos. Adeptos e especialistas aguardam com expectativa para perceber qual será o próximo capítulo da sua carreira — uma história que promete continuar a fazer correr muita tinta no mundo das duas rodas.